Piauí, Brasil. Um juiz determinou que a aplicação WhatsApp — fundada em 2009 e adquirida no ano passado pelo Facebook por cerca de sete mil milhões de euros — fosse suspensa em todo o país por um período de 24 horas, até que a operadora cumpra uma ordem judicial anterior, uma ação que corre em segredo de justiça. Foi o juiz da Central de Inquérito da Comarca de Teresina, do Tribunal de Justiça do Piauí, quem determinou que todas as operadoras de telefone suspendam, ainda que temporariamente, a aplicação, diz o Globo.
O jornal brasileiro escreve que o juiz não adiantou o motivo da decisão, mas que a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Piauí informou que está relacionada com casos de pedofilia: a empresa que fornece a aplicação que permite a troca de mensagens instantâneas não tirou de circulação imagens de índole sexual de crianças e adolescentes. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Teresina adiantou que os processos que levaram à eventual suspensão do WhatsApp começaram já em 2013.
De entre as limitações impostas, destaca-se a suspensão do tráfego de informações, sua recolha e armazenamento. A decisão em questão foi tomada a 11 de fevereiro e as operadoras telefónicas foram comunicadas oito dias depois. O prazo de 24 horas tem em conta os domínios whatsapp.net e whatsapp.com. Ao que tudo indica, as operadoras vão recorrer. Procurado pelo Globo, o WhatsApp não fez qualquer comentário sobre o caso, enquanto o Facebook informou que as duas empresas são independentes, pelo que optou por não tomar uma posição.