Já passou mais de uma semana desde que a polícia chinesa prendeu cinco mulheres que preparavam uma campanha contra o assédio sexual, para divulgar no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Até agora as autoridades recusaram-se a revelar informações sobre as cinco mulheres, noticia o Quartz.
As famílias e os advogados das cinco mulheres que foram presas – Wu Rongrong, Wei Tingting, Wang Man, Zheng Churan e Li Tingting – não têm conseguido falar com elas e, até à data, a polícia não deu quaisquer detalhes sobre o seu paradeiro.
Estas prisões coincidem com a 59ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, que está a decorrer na sede das Nações Unidas em Nova Iorque até 20 de março, cujo principal foco incide na Declaração de Pequim e na Plataforma de Ação – incluindo os desafios atuais que afetam a sua execução, bem como na concretização da igualdade de género e capacitação das mulheres.
A detenção das cinco ativistas não travou porém as ondas de protestos. Mulheres, estudantes e várias organizações continuam a exigir a sua libertação através de petições online e das redes sociais. Para o dia 21 de março, vários grupos cívicos já marcaram protestos em Hong Kong.
Fora da China, grupos feministas e cívicos de todo o mundo condenaram a repressão das autoridades chinesas e a Amnistia Internacional lançou mesmo uma página de campanha no Tumblr. Já no Twitter, a hashtag “FreeTheFive” está igualmente a ser usada para reunir apoio em todo o mundo.