Ainda sem notícias da reunião entre o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, e Christine Lagarde, diretora do FMI, a situação política na Grécia está novamente instável, com o eurodeputado Kostas Chrysogonos a dizer que o Syriza não hesitará em convocar novas eleições para reforçar a sua posição no Governo. Ao mesmo tempo, em Bruxelas especula-se que Tsipras terá de escolher entre continuar a ser primeiro-ministro partindo o Syriza ou manter o partido e combater a oposição interna.

Ao Guardian, o eurodeputado do Syriza, Kostas Chrysogonos, disse que caso as negociações não corram bem com os credores e com as instâncias da troika, o partido vai querer voltar a ouvir os gregos, mesmo antes do verão. “Se os credores insistirem numa linha inflexível, os corpos eleitorais vão ter de assumir as suas responsabilidades”, disse o eurodeputado. Já este domingo, o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, disse que “há preconceito” contra a Grécia e que o país “é visto como uma colónia”.

Já o Financial Times noticia que nas instituições europeias, Alexis Tsipras é visto como um primeiro-ministro que terá de fazer opções políticas num futuro muito próximo. Fala-se na possível separação do Syriza, afastando a fação mais à esquerda do partido, chamada Plataforma de Esquerda – liderada por Lafazanis -, e procurando uma nova coligação de Governo com o PASOK – equivalente ao PS em Portugal – e o To Potami, um partido recém-formado que ficou em quarto lugar nas eleições do início deste ano. O jornal cita uma fonte das instituições dizendo que “Tsipras terá de escolher entre ser primeiro-ministro da Grécia ou líder do Syriza”.

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