Entre no aeroporto e olhe à volta. O que encontra? Os solitários de gravata que estão ali como quem está a dormir na sala de casa. As famílias numerosas com garotos a correr de um lado para o outro (ninguém lhes tem mão?). E os casais apaixonados com malas reluzentes e um sorriso estampado no rosto. A Rumbo – uma site espanhol de organização de viagens – aproveitou os anos de experiência no setor para descrever os nove tipo de viajantes que existem no mundo de acordo com a forma como organizam a bagagem. Em qual se encaixa? Abra a mala e descubra:

Aquele que sabe tudo…

É capaz de preparar a mala em dez minutos, algures entre o banho e o pequeno-almoço, sem grandes problemas. Está habituado a entrar no aeroporto, porque gosta de viajar ou então o trabalho assim o obriga. E tanto treino já ajudou “aquele que sabe tudo” a organizar a mala da forma mais eficiente possível. Porque não tem tempo a perder.

… e aquele que nada sabe

É o novato nas escadas rolantes do aeroporto. Quase sempre são jovens ou casais em lua de mel ansiosos por conhecer o mundo. As malas são novas e no caso dos casais combinam umas com as outras. A roupa no interior vai bem dobradinha e é bastante, para não haver surpresas. Até sabonetes pode haver no interior das malas. E tudo é para usar sem regras no aeroporto: usam um carrinho para transportar uma única mala, mesmo que tenhas rodinhas (porque sim) e estão sempre a olhar para os monitores. Nunca se sabe, não vá o diabo tecê-las e o voo ser adiado.

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As famílias (demasiado) unidas

Uma invasão com apelido comum. Cinco, seis, sete pessoas da mesma família que estão à vontade entre eles e sem medo de fazer algum barulho a mais. As malas? Incontáveis, todas empilhadas num, ou dois, ou três carros de sempre muito pesados. O grupo pode incluir o cão numa casota apropriada: ele também vai gostar de Benidorm e não se deixa o bichinho em casa. Neste tipo de grupo há sempre uma cena comum: as mães ou as avós a obrigar os miúdos a tomar o comprimido para o enjoo…

Os extremistas…

A mala nem sequer consegue fechar completamente. Há três centímetros do fecho que não conseguem apertam de forma alguma: a roupa (muita roupa, mesmo) precisa de espaço. Há que levar vários sapatos, porque nunca sabe. Há que levar roupa para todos os tipos de noite, porque nunca se sabe. E acessórios a condizer, porque ninguém quer passar vergonhas. O problema é que o carregador do telemóvel está enterrado debaixo de todas as calças de ganga – e outras de vinco, porque nunca se sabe. É preciso tirá-las todas? Pois, que remédio.

… e os radicais

Sim, andam cheios de tralha atrás, mas não de roupa e sapatos. Essas coisas cabem todas na mochila que levam às costas. Mas não podem separar-se da prancha de surf, das cordas para escalar, nem do material de espeleologia. São aventureiros e normalmente descontraídos, por isso conseguem aproveitar o tempo da melhor forma possível. A natureza é o destino favorito, no estado mais selvagem de preferência.

Os consumistas

Três dias, três blusas. Tudo certo até aqui, parecem ser pessoas coerentes. Afinal, nem há necessidade de levar todo o armário atrás, mas também não é para andar com uma t-shirt nauseabunda no corpo. Mas tamanha poupança e equilíbrio está longe de ser inocente: estes viajantes (sobretudo elas) querem espaço livre para invadi-lo mais tarde com as compras nas melhores ruas da cidade de destino. O cartão de crédito é que não vem tão recheado como os sacos de compras trazidos de Nova Iorque (sim, é esse o tipo de cidade procurado), mas isso são danos colaterais.

Os metereologistas

Segunda-feira vai estar muito calor: calções e uma t-shirt amarela para combinar com o tempo estival. Terça-feira há previsão de chuva: umas calças escuras e uma camisa azul, para combinar com as nuvens. Estes são os viajantes-calendário, ou metereologistas, que levam as roupas muito bem delineadas para a semana em que vão estar fora.

Os furacão

Não vão atravessar a pé o local mais fustigado pelos tornados nos Estados Unidos, mas a mala parece acabada de vir de uma guerra. Está tudo desorganizado e amarrotado. Há camisolas polares mesmo ao lado de t-shirts de manga cava. Deixam-se levar pela sorte e nem as previsões meteorológicas vão fazê-los ter mais cuidado: uma hora a dormir é mais valiosa do que ter uma mala cuidada. Também não precisam de mais: não querem propriamente entrar em restaurantes luxuosos, mas antes passar o dia no bar mais simpático da cidade.