Histórico de atualizações
  • Boa noite. O liveblog de hoje fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado.

  • António Capucho, ex-conselheiro de Estado, defende que o Presidente da República só vai indigitar o líder partidário que chegue a Belém com uma solução de Governo maioritário na mão, quer seja Passos Coelho, quer seja António Costa. Na RTP, o ex-autarca de Cascais considera que é isto que se pode concluir das palavras de Cavaco Silva ao encarregar o presidente do PSD de procurar uma solução “estável e duradoura”.

  • PSD/CDS ainda não enviaram ao PS dados macroeconómicos

    PS, PSD e CDS voltam a ter esta terça-feira a ter nova reunião (18h), já depois de ter recebido aquilo a que os partidos de direita chamam de “documento facilitador” com 20 propostas socialistas que agora estão disponível para acolher. Fonte oficial do PS afirmou ao Observador que PSD e CDS não entregaram, contudo, as prometidas informações detalhadas sobre a atualização do cenário macroeconómico pedidas na reunião da semana passada.

  • PSD critica Cavaco

    Fernando Couto dos Santos, deputado do PSD, criticou esta noite o Presidente da República por ter abdicado de ser “o árbitro”. “O mais surpreendente é que entregou o diálogo a um outro partido. Não entendo. Surpreendeu-me não ter se assumido como árbitro e ter deixado os partidos a jogar sozinhos futebol“, afirmou no Prós e Contras.

  • Jorge Lacão defendeu esta noite no programa da RTP Prós e Contras que o PS está mais perto do PCP e BE do que do PSD e CDS e interrogou-se sobre o que mudou de repente nos partidos de direita, que subscrevem agora 20 propostas dos socialistas para negociar. “As políticas do PS não eram políticas radicais? Por que razão o PSD/CDS converteu-se de repente?”, interrogou-se, referindo-se ao discurso daqueles partidos em plena campanha eleitoral.

  • Carlos Silva vai avaliar se continua à frente da UGT

    O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, marcou uma reunião interna marcada de surpresa para dia 23 e um dos objetivos é a avaliar a coesão da central sindical, bem como o seu cargo, noticia o Jornal de Negócios. Carlos Silva defendeu que o PS devia negociar a viabilização do OE 2016 com o Governo PSD/CDS, mas depois a central sindical veio apoiar um eventual Governo de esquerda liderado por António Costa.

  • Costa vai a Bruxelas na quinta-feira

    O secretário-geral do PS vai na quinta-feira a Bruxelas ao encontro do Partido Socialista Europeu (PSE), uma reunião preparatória do Conselho Europeu. A reunião acontece precisamente na semana em que o líder socialista quer ter uma posição fechada sobre o futuro governo, seja ele de esquerda ou de viabilização do governo de coligação.

    O timing do encontro é por si só interessante uma vez que Costa poderá ouvir o que outros socialistas europeus têm a dizer sobre a auscultação que tem feito aos partidos mais à esquerda. De lembrar, por exemplo, que o partido alemão SPD faz parte da família socialista. O SPD é liderado por Sigmar Gabriel, atual vice-primeiro-ministro alemão, em coligação com Angela Merkel.

  • Costa cauteloso garante a Cavaco que Governo respeitará compromissos internacionais

    António Costa saiu do Palácio de Belém e contou que disse ao Presidente da República que está à procura de uma solução de Governo estável e credível qualquer que ela seja. Ainda não fechou portas a nenhuma solução, mas umas estão mais abertas que outras. E por isso sentiu a necessidade de explicar que tem procurado um “programa de governo comum” e que este respeitará a vontade da maioria dos portugueses de mudar de políticas, mas que não estarão em causa os compromissos internacionais. A questão coloca-se: como pode ser possível à esquerda? Costa responde: garante que nenhum partido com que falou põe em causa os compromissos internacionais.

    O secretário-geral do PS não se alongou sobre a conversa com o Presidente da República. Numa curta conferência de imprensa, Costa deixou passar a ideia que os contactos que tem tido à esquerda têm sido mais produtivos que à direita e fez a defesa das posições mais duras do BE e do PCP. Garantiu Costa que os dois partidos não se põem de fora dos compromissos internacionais:

    “O PS questionou os partidos que anunciaram uma moção de rejeição sobre as condições de criação de um governo alternativo, como partido responsável não podemos viabilizar moções de rejeição sem que simultaneamente estejam criadas condições para a existência de um Governo alternativo. Esses contactos, não tenho escondido, têm decorrido de forma positiva, têm permitido condições para um trabalho sério e consistente que têm em vista a criação de um programa de Governo comum que se responda àquilo que são as necessidades do país, na defesa do serviços públicos, de virar a página da austeridade, mas sempre no respeito pelos compromissos internacionais de Portugal”, disse.

    Não foi a única vez que o líder do PS falou do respeito pelos compromissos internacionais. Essa foi uma das condições que o Presidente impôs na sua comunicação ao país e Costa fez questão de esclarecer por três vezes que não estão em causa. Até porque, disse, tem ouvido por “parte de várias forças políticas um clara distinção do documento partidário daquilo que são as condições mínimas que consideram ser necessárias para viabilizar um Governo. E não vi nenhuma delas que não respondesse às preocupações do Presidente da República“.

    Já no início da conferência de imprensa com os jornalistas, Costa tinha dito que “o respeito pelos compromissos internacionais de Portugal tendo em vista a participação ativa no quadro da União Económica e Monetária” e “reforçar as políticas de convergência” é a “posição tradicional do PS”.

    O líder do PS espera ter uma “avaliação final” até ao final da semana, não querendo antecipar o que pode resultar do encontro com a coligação PSD/CDS no dia de amanhã. Mas diz que está em buscar das “soluções melhores para o país, tendo em conta aquilo que são as preocupações centrais: termos uma solução estável, credível e consistente que exprima a vontade maioritária dos portugueses de que haja uma mudança de políticas do país e é nesse sentido que tenho estado a trabalhar”. E rematou: “Temos de ter a humildade de fazer um esforço de aproximação das políticas uns dos outros”.

    Enquanto António Costa falava com o Presidente, recebia no email o “documento facilitador” da coligação e não se quis pronunciar sobre esse documento. Mas aos jornalistas quis dizer que “o que tem resultado claro dos contactos com as diversas forças políticas” é que as conversas não são um trabalho “no programa de todos os partidos”, mas sim numa “plataforma de um Governo e essa plataforma de Governo é que é essencial”, disse.

    No final, António Costa ainda qualificou a reunião com o Presidente da República de “importante, interessante e produtiva”, sem no entanto esclarecer se percebeu em Cavaco Silva pouca vontade em dar posse a um governo de esquerda: “Não sou médico nem enfermeiro para medir o pulso ao senhor Presidente e avaliar as posições do senhor Presidente”.

  • Um acordo à esquerda com António Costa como primeiro-ministro é infinitamente melhor do que uma posição subalterna e submetida aos caprichos da direita. Só é preciso garantir uma solução sólida, duradoura e de confiança que garanta estabilidade para uma legislatura governada pelo “arco da esquerda”. Seria um feito histórico e uma viragem na mentalidade política nacional”, defende o deputado do PS, Paulo Pisco.

  • “Não sei como é vão conseguir explicar os ‘afundanços’ anteriores… Percebam, senhores, que não é de chantagem que é feita a democracia. Melhor, percebam, senhores, que a democracia é mesmo a antítese disto tudo”, reage a eurodeputada do BE, Marisa Marias, no Facebook, sobre a notícia de que os “bancos afundam depis de reunião entre PS e Bloco de Esquerda”.

  • “Sobre o que leio:

    Não devia ter havido um PREC e houve;
    Não devia ter havido um governo PS/CDS e houve;
    Não devia ter havido um governo de Bloco Central e houve;
    Não devia ter havido eleições antecipadas em 1987, porque havia uma maioria no parlamento que queria uma solução de governo, e houve;
    Não devia ter havido a nomeação de Santana em 2004 e houve…

    Porque é que não pode haver hoje um governo do PS com o apoio maioritario no Parlamento?

    Continuarei a aguardar a Comissão Política do PS para saber o que efetivamente se vai passar…”, escreve hoje no Facebook Ascenso Simões, ex-diretor de campanha de António Costa.

  • Costa diz que está a trabalhar numa "plataforma de Governo" e que nenhuma força desrespeita compromissos internacionais

    “O que tive oportunidade de esclarecer o sr Presidente é o que tenho dito muitas vezes, que o afirmei na campanha eleitoral, que afirmámos no documento da Comissão Política: um entendimento a mudança de política em Portugal se deve desenvolver com 4 objetivos principais: um respeito pelos compromissos internacionais, participação ativa no quadro da UEM e reforçar as políticas de convergência – é a posição tradicional do PS”, disse.

    “O que tem resultado claro com as diversas forças políticas, é que temos estado a trabalhar não no programa de todos os partidos – cada um tem a sua autonomia, mas a trabalhar naquilo que importa, naquilo que possa ser a plataforma de um Governo”

    Acrescentou ainda que não viu em nenhum partido “que não tenham respeitado aquelas preocupações do Presidente da República”.

  • António Costa diz que informou Cavaco da "avaliação" dos contactos que tem feito

    “Informei o senhor Presidente da República da avaliação preliminar que tenho feito destes contacto e e da criação de condições para termos em Portugal um governo estável, credível e consistente e que de tradução politica aquilo que foi a vontade da esmagadora maioria dos portugueses”.

  • A reunião entre António Costa e o Presidente da República já terminou. Duas horas depois. Aguardam-se agora as declarações do líder socialista.

  • “Hoje, depois das declarações de Catarina Martins e António Costa, as intenções de voto em Marcelo Rebelo de Sousa já devem ter superado os 75%. E anda para aí uma malta a dizer que a TVI é que o ajuda!”, escreve no Facebook o deputado do CDS, Raul Almeida.

  • “Tenho a sensação que a Catarina fez o António refém e é ela que agora comanda o destino do PS. Em breve, teremos um novo PASOK mas agora em Portugal e quem se vai rir disso é o Bloco e a direita“, escreve o deputado do PSD, Duarte Marques.

  • Direita vira-se para Belém: "O PR dá-lhes posse?"

    À direita, todos os olhos estão postos no Presidente. Há quem espere que Cavaco não dê posse a um Governo PS+PCP+BE ou, no mínimo, que os obrigue a um acordo escrito. Virá aí um governo de gestão?

  • Coligação já entregou documento ao PS - e aguarda hora da reunião

    PSD e CDS já fizeram chegar o prometido documento às mãos do PS, disse esta segunda-feira a coligação em comunicado enviado à imprensa. Trata-se de um “documento facilitador de um compromisso entre a Coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista para a governabilidade de Portugal” e foi entregue hoje pelas 15h50 a António Costa. Resta saber se a reunião marcada para amanhã, terça-feira, se mantém – e a que horas.

    “Os partidos da Coligação Portugal à Frente, na sequência do acordado na reunião do dia 9 e no escrupuloso cumprimento do calendário então acertado, fizeram chegar, hoje, pelas 15h50, ao Secretário-Geral do PS o ‘Documento facilitador de um compromisso entre a Coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista para a governabilidade de Portugal’. Ainda no respeito pelo acordado ficam os partidos da Coligação a aguardar proposta de hora para a reunião entre as delegações prevista para amanhã”, lê-se no comunicado.

    O documento terá sido entregue precisamente dez minutos antes de Costa se reunir com Cavaco Silva em Belém. Antes, quando esteve reunido com o Bloco de Esquerda, o líder do PS tinha sublinhado que ainda não tinha recebido qualquer papel das mãos dos centristas e sociais-democratas, como tinha ficado combinado na reunião da semana passada.

    Aos jornalistas, o líder do PS mostrou-se convencido de que o documento com as desejadas propostas da coligação deveria chegar ainda esta tarde e que só depois de todas as conversas finalizadas, o PS estaria em condições de propor à Comissão Política uma proposta “sobre o caminho a seguir”.

  • Costa diz que vai analisar propostas do PAN

    António Costa saiu da reunião com o PAN a dizer que recebeu um “extenso” e “sólido” documento que irá analisar porque tem lá matérias que o partido Pessoas-Animais Natureza (PAN) defende serem “prioritárias” e outras “temáticas” que querem que sejam revistas ao longo da legislatura.

    Na curta conversa com os jornalistas, uma vez que já estava atrasado para a conversa com o Presidente da República, o líder socialista diz que há uma oportunidade de “alargar o espectro das matérias que têm sido alvo de atenção” pela Assembleia da República. O socialista diz ainda que que irão fazer mais uma reunião com o partido que conseguiu eleger um deputado à Assembleia da República.

    A conversa que Costa qualificou como “muito interessante” foi recebida do outro lado com agrado. André Silva, o deputado eleito pelo PAN e porta-voz, disse que “o PS veio demonstrar que há espaço para se encetarem negociações, diálogo, para se encontrarem pontes e eventuais soluções”, disse. Tudo a bem da “estabilidade, felicidade e bem estar para os portugueses”.

    Aos jornalistas, o deputado eleito disse ainda que o partido está aberto a falar com “outras forças políticas” para que se possam encontrar “alguns denominadores comuns”. Tudo porque o partido quer “tentar unir ou pelo menos não dividir”.

    Quanto à sua posição na Assembleia da República, André Silva disse que queria sentar-se na primeira fila no plenário, uma vez que é apenas um deputado não referindo em concreto perto de que grupo parlamentar desejaria sentar-se.

  • “Se começar a cheirar a Syriza”, mercados podem virar-se contra Portugal

    O que pode significar o impasse na formação de governo em Portugal? Para já, a maioria dos investidores internacionais parece estar a dar tempo ao tempo. Mas o Observador sabe que pelo menos dois bancos de investimento influentes da City londrina já enviaram analistas a Lisboa para perceberem o que se passa e tentarem antecipar a probabilidade de o PS tentar liderar um governo de maioria de esquerda. Nos mercados, ainda reina a calma e os estímulos do BCE continuarão a ser um bálsamo para quaisquer receios que se intensifiquem, mas os analistas avisam que nem o BCE será suficiente para conter a pressão “se começar a cheirar a Syriza e à Grécia”. Saiba mais aqui.

1 de 3