O mundo tem assistido nos últimos meses à maior crise migratória desde a II Guerra Mundial. Milhares de refugiados partem, na sua maioria da Síria, até à Europa colocando em risco a própria vida em busca de paz e segurança. Muitos já morreram. Outros esbarram contra muros levantados no coração do continente europeu. Há até quem opte e arrisque o percurso gelado e gigante da Rússia, para chegar à Escandinávia.

Agora surgem alguns relatos curiosos sobre os refugiados que começam a chegar, neste caso, à Suécia. Segundo conta o Guardian, 14 pessoas recusam-se a sair de um autocarro que os levou até à vila de Limedsforsen. E estão lá há três dias por causa do frio e do isolamento da povoação sueca.

A porta-voz da Agência Migratória, Maria Lofgren, explicou à agência AFP que “estão 14 pessoas dentro e em redor dos autocarros que não querem ir para o centro (asilo) “.

Estes catorze refugiados pertencem a um grupo de 60 sírios e iraquianos que chegaram a Limedsforsen, junto à fronteira com a Noruega, onde vão ser instalados enquanto os seus pedidos de asilo serão avaliados.

Este grupo recusa-se a deixar o autocarro queixando-se que esta vila se encontra a dezenas de quilómetros da cidade mais próxima, com muitos a exigirem que os levem para uma cidade grande ou, inclusive, para a Alemanha. O frio que se faz sentir nesta zona é também um alvo das críticas destas pessoas.

A Suécia é dos países europeus que espera receber mais pedidos de asilo. No total são esperados 190 mil. Mas o seu clima escuro e frio (temperaturas podem chegar aos 30º negativos) é um desafio enorme para quem chega de climas quentes e de desertos, como são os casos do Iraque ou da Síria.

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