António Costa não falou aos outros líderes na Cimeira do Clima, mas falou aos jornalistas. Quis passar a ideia que desvaloriza não ter tido voz como os mais de 140 líderes, depois da polémica do dia: “Foi um incidente burocrático que às vezes acontece na transição de governo”, disse. O novo primeiro-ministro preferiu salientar a importância que vai dar ao Ambiente.
O primeiro-ministro quis desvalorizar a polémica dizendo que é um “fait divers” e que não queria alimentar a polémica, com o facto de não ter falado na Conferência do Clima. E acrescentou até que o anterior ministro do Ambiente, Moreira da Silva, fez um “excelente trabalho” na conferência do clima, mas não deixou de salientar que se há bons indicadores com que o país se apresenta em Paris se deve muito a “anteriores Governo do PS”, que promoveram, por exemplo, o uso de energias renováveis. “Portugal quer estar na vanguarda do paradigma energéitco – com uma [intensificação] de energias renováveis muito superiores à média”, disse.
Com olhos postos na orgânica do Governo e no programa que será apresentado em breve, Costa defendeu que a prioridade “é a melhoria do ambiente urbano” e que por isso, o Ministério do Ambiente terá “novas responsabilidades como a tutela dos transportes públicos e a prioridade que será dada a reabilitação urbana”.
Para Costa, que estava ao lado da presidente da câmara de Paris, “hoje como ontem será ganho ou perdido nas cidades”.