Após cinco dias de debate, o Parlamento grego aprovou, este domingo de madrugada, o Orçamento do Estado para 2016, baseado em poupanças, cortes na despesa, sobretudo nas pensões, e agravamento de impostos. Este foi o primeiro orçamento desenhado pelo Governo de Tsipras.
O documento, que responde aos compromissos estabelecidos com os credores internacionais, foi aprovado com os 153 votos da coligação, composta pelo Syriza e pelos nacionalistas do Gregos Independentes, e rejeitado por toda a oposição. Vanguelis Meimarakis, deputado da Nova Democracia, acusou o primeiro-ministro grego de se ter convertido “no maior troikano dos troikanos”.
Alexis Tsipras afirmou, no Parlamento, que o orçamento dá prioridade à justiça social e define as bases para o regresso ao crescimento económico. O orçamento apresentado pelo Executivo aponta para crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) para 2015, uma melhor previsão do que a anteriormente anunciada, que falava numa contração de 2,3%, escreve o jornal The Wall Street Journal. Já para 2016 a previsão é de uma contração de 0,7% do PIB, por contraponto com a quebra de 1,3% antes prevista.
No próximo ano, o Estado grego prevê arrecadar cerca de 5.700 milhões de euros com a subida de impostos e os cortes nas prestações sociais e uma poupança de 2.532 milhões de euros sobretudo nas despesas militares e no sistema de pensões. Ao mesmo tempo, pretende elevar as receitas em 3.201 milhões de euros, através da subida de vários impostos.