A líder do partido de direita fundado em 2013, Alternativa para a Alemanha (AfD – sigla em alemão), causou controvérsia nas recentes declarações onde defendeu que a entrada de imigrantes ilegais no país deve ser respondida a tiro pelas autoridades nas fronteiras.
Frauke Petry, de 40 anos, afirmou, em declarações ao jornal alemão Mannheimer Morgen, que “a polícia tem que parar os migrantes de entrarem ilegalmente pela Áustria”, oferecendo a via para prevenir essa situação: “E, se necessário, utilizar armas de fogo. Isto é o que a lei prevê. Eu também não quero isso, mas a utilização de armas está como último recurso”.
Desde a sua criação, o partido tem baseado a sua atuação numa posição contra a imigração tendo conquistado já lugares nos parlamentos de cinco estados germânicos e a caminho de ganhar posições no estados de Baden-Württemberg, Renânia-Palatinado e Saxónia-Anhalt.
Em relação às recentes declarações, os maiores partidos alemães já vieram a público criticar a posição defendida por Petry. Para além disso, o sindicado da polícia também condenou as declarações garantindo que os seus oficias nunca iriam balear os refugiados acusando a líder da Afd de ter uma mentalidade “radical e desumana”.
Apesar de tudo, e com constantes avisos de que a cultura germânica e a sua identidade vão ser destruídas pelos migrantes que entram no país, uma sondagem publicada nos últimos dias dá conta que o partido liderado por Petry conquistaria 12% dos votos nas eleições nacionais, tornando-se no terceiro partido mais representado atrás das forças políticas que compõe a coligação de governo, a União Cristã Democrática de Angela Merkel e o Partido Social Democrata. Tudo isto confirma também o crescimento verificado desde 2013, data da sua fundação, apesar das polémicas declarações de Frauke Petry.