A Casa Branca está a considerar alterar a forma como é calculado o défice comercial norte-americano e a nova fórmula inflacionaria o valor dos défices calculados nos últimos anos, o que reforçaria os argumentos da administração contra as regras atuais no comércio com países como a China e os acordos comerciais com países como o México.

De acordo com o Wall Street Journal, a ideia principal é relativamente simples: excluir das exportações norte-americanas os produtos importados primariamente de outros países.

Atualmente, o impacto destas importações acaba por ser reduzido ou nulo na balança comercial, já que acabam por ser exportadas e esse valor abate ao das importações em termos globais.

Mas com as mudanças que o jornal norte-americano diz que a Casa Branca quer fazer esse contabilização mudaria. Ou seja, os bens continuariam a contar como importação, mas não como exportação na altura em que eram vendidos para outro país.

O resultado final seria um défice comercial mais alto do que o registado nos últimos anos, mas por culpa da forma como é contabilizado e não por mudanças no volume de produtos comprados ou vendidos pela economia norte-americana.

A mudança criaria estatísticas mais favoráveis aos argumentos de Donald Trump, especialmente sobre os défices comerciais com países como a China e o México. Donald Trump fez campanha contra os acordos comerciais e ameaçou desde cedo as economias chinesa e mexicana com taxas sobre as importações para corrigir o desequilíbrio comercial entre os dois países, favorável à China e ao México.

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