Delegações de deputados do PSD, do PCP e do BE reuniram-se na manhã desta terça-feira com o Governo. Pelo menos o PSD encontrou-se com uma equipa que incluía o ministro das Finanças para debater o processo do Novo Banco (mas não estava presente o governador do Banco de Portugal, como esteve nas reuniões que antecederam a resolução do Banif, em dezembro de 2015). O encontro foi convocado na segunda-feira à tarde, confirmando uma informação que tinha sido veiculada no domingo pelo comentador da SIC, Marques Mendes.

Partidos sem reunião prevista com o Governo, mas esquerda avisa já que é contra qualquer venda do Novo Banco

Segundo uma fonte oficial do PSD, “o Governo solicitou um encontro com o propósito de fornecer informação sobre o processo de venda do Novo Banco. Caberá, naturalmente, ao Governo esclarecer em concreto sobre a informação que deseja comunicar publicamente”, afirmam os sociais-democratas. O PSD explica apenas que o Governo não pediu ao seu grupo parlamentar para suportar a solução encontrada, dando a entender que, se for necessário, o PS terá de garantir a viabilidade da decisão que vier a ser tomada através da solução governativa:

O PSD esclarece apenas que não foi solicitado pelo governo ao PSD qualquer apoio para a decisão que pretende tomar, e que o Governo, como é por demais sabido, dispõe de maioria parlamentar para suportar as suas escolhas políticas mais importantes.”

O CDS, que levou os deputados Cecília Meireles e João Almeida ao encontro com o ministro das Finanças, também divulgou a reunião com Mário Centeno, mas não revelou o conteúdo da reunião quase nos mesmos termos dos sociais-democrata. “O CDS confirma a participação numa reunião solicitada pelo Governo, sobre o Novo Banco com caráter meramente informativo”. Ou seja, o Governo também não procurou o apoio dos democratas-cristãos, que remetem qualquer tipo de apoio à decisão para a maioria de esquerda: “Quanto ao tema concreto tratado, o Governo dispõe de uma maioria parlamentar de apoio da qual o CDS não faz parte”.

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