Os papas usam ou usaram, ao longo da História, grande número de títulos, como “Servo dos servos de Deus” ou “Vigário de Cristo” . “Papa” foi usado pela primeira vez no século III.

“Papa”, uma palavra que vem do grego e significa “pai”, transforma-o, na Igreja Católica, em “pai de todos os católicos”.

O título foi usado pela primeira vez no século IV pelo papa Libério (352-365), e atribuído a todos os bispos até ao século VI, mas passou a ser reservado ao bispo de Roma. Essa prática acabou por ser confirmada por Gregório VII (1013-1085), de acordo com o Anuário Pontifício.

Os mais piedosos e crentes utilizam o designativo “Santo Padre”, que significa praticamente o mesmo da anterior, mas é-lhe acrescentado o “Santo”, que lhe confere maior respeito e veneração. É usado desde o século XII.

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“Vigário de Cristo”, do latim ‘ices agere’, significa “em vez de outro”, atribuindo ao papa a função de lugar de Cristo entre os homens ou “o que faz as vezes de Cristo” na Igreja Católica.

Durante a Idade Média usavam este título não só os papas, mas também os reis, bispos e até sacerdotes, mas, no começo do século XII, o papa Inocêncio II reservou esse apelativo apenas para si e para o bispo de Roma.

“Sumo Pontífice” significa que o papa é o bispo supremo ou o mais importante e acima dos demais e entrou nos costumes desde o fim do século VIII, tendo sido usado até ao século XI também pelos bispos.

O papa Paulo VI assinou os documentos do Concílio Vaticano II com o título “bispo da Igreja Católica”. Paulo VI assina como bispo de Roma, expressão usada desde o século IV, mas usou o apelativo mais geral, em que o termo “Católica”, além do significado universal, tem também o sentido de “a Igreja verdadeira”.

A designação “Patriarca Universal”, em que patriarca indica “padre supremo”, o primeiro padre, remonta ao século VI e expressa todo o poder e autoridade sobre os demais bispos.

“Servo dos servos de Deus”, que inicialmente traduzia as virtudes da humildade e do serviço, sendo apropriada desde o século XII pelos papas, tornou-se um título, mais para afirmar a categoria única e universal que tem o bispo de Roma.

“Bispo de Roma” é o título mais antigo e o mais original de todos. O papa é o bispo da cidade e da diocese de Roma, sendo também o sucessor de Pedro.

“Primaz de Itália” é um título puramente honorífico e significa que quem o usa é o bispo de maior dignidade num determinado país.

“Arcebispo e Metropolita da província romana” acrescenta arcebispo ao bispo de Roma, por ser o primeiro dos bispos de uma região, e é metropolita, por ser um bispo titular de uma metrópole ou cidade principal.

“Soberano do Estado da Cidade do Vaticano” determina que o papa é um chefe de Estado, que a pequena cidade onde vive, o Vaticano, é um Estado independente, com o seu secretário de Estado (o equivalente ao ministro dos Negócios Estrangeiros), o seu governo, o seu exército, a sua banca, o seu dinheiro e o seu corpo diplomático.

O Anuário Pontifício refere mais três títulos para o papa: “Sucessor do Príncipe dos Apóstolos”, “Sumo Pontífice da Igreja Universal” e “Patriarca do Ocidente”.

Os títulos mais comummente usados, além de papa, são “Santo Padre” e “Sumo Pontífice”.