Dezasseis pessoas foram retiradas das povoações de Vilarinho, Ademoço e Póvoa da Ribeira devido ao incêndio que lavra desde quarta-feira no concelho de Oleiros, Castelo Branco, de acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Segundo a adjunta-nacional de operações da ANPC, Patrícia Gaspar, num ‘briefing’ na sede daquela entidade em Carnaxide, Oeiras, as 16 pessoas foram deslocadas para o Centro de Dia de Cambas, até estarem reunidas condições de segurança para poderem regressar às três povoações.

O fogo de Oleiros, que teve início às 13h18 de quarta-feira, era às 9h00 desta quinta-feira o que mobilizava mais operacionais e meios de combate. Por essa hora, o fogo com duas frentes ativas estava a ser combatido por 378 operacionais, apoiados por 113 veículos e cinco meios aéreos. De acordo com Patrícia Gaspar, este fogo está a ser “combatido com dificuldades” devido ao vento, numa “zona com pequenas povoações onde estão identificados desde o início dois pontos críticos — as povoações de Orvalho e Estreito”.

O novo fogo de Oleiros teve início antes das 1h00 desta quinta-feira e apresentava às 8h30 uma frente ativa, que estava a ser combatida por 58 operacionais com o apoio de 19 meios terrestres.

Câmara de Oleiros diz que fogo ganhou dimensão devido à falta de meios no início

O presidente da Câmara de Oleiros que o incêndio atingiu grandes dimensões devido à falta de meios para combater inicialmente as chamas.

Agora temos os meios humanos e aéreos suficientes para combater o fogo, mas ontem [quarta-feira], quando as chamas deflagraram, não existiam meios suficientes e a situação descambou, por muito boa vontade que existisse”, referiu o Fernando Jorge à agência Lusa.

Vários conselhos em risco máximo de incêndio

Apesar de uma “melhoria aparente” das condições meteorológicas relativamente ao acendimento de incêndios e respetivo combate – prevê-se para os próximos dias descida da temperatura e o aumento da humidade relativa – “todo o cuidado continua a ser pouco”.

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“Não estão descartadas as possibilidades de continuarmos a ter incêndios com alguma velocidade de propagação”, referiu. Patrícia Gaspar recordou que o estado de alerta mantém-se até às meia noite desta quinta-feira, com os distritos de Bragança, Beja, Castelo Branco, Faro, Santarém, Vila Real, Viseu, Portalegre e Guarda em alerta laranja e os restantes em alerta amarelo.

Vários concelhos nos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco estão esta quinta-feira em risco máximo de incêndio, de acordo informação disponibilizada no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Com risco muito elevado de incêndio estão vários concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Faro. Já em concelhos dos distritos de Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre, Évora e Beja o risco é elevado.

Nos distritos de Aveiro, Lisboa e Setúbal o risco de incêndio é moderado. O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o “reduzido” e o “máximo”. O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h00 em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.