O Papa Francisco abordou a crítica da exortação apostólica da família, “Amoris Laetitia”, durante uma entrevista privada dada à Civiltà Cattolica. Aquando da sua recente visita à Colômbia, Francisco visitava a comunidade jesuíta local quando decide falar sobre o polémico “Amoris laetitita”, um documento que levantou muitas dúvidas a quatro cardeais — que entretanto se tornaram dois, já que dois deles faleceram — sobre o assunto da comunhão de divorciados que se voltaram a casar.

“Eu ouço muitos comentários – respeitáveis, porque são ditos pelos filhos de Deus, mas errados – na Exortação apostólica pós-sinodal. Para entender o Amoris Laetitia você deve lê-lo de cima para baixo. Começando no primeiro capítulo, continuando para o segundo e assim por diante, refletindo sempre. E leiam o que foi dito no Sínodo, também. Em segundo lugar, alguns argumentam que não há moral católica sob a Lei do Amor ou, pelo menos, não é uma moral segura. Sobre isso, quero deixar claro com certeza que a moralidade de ‘Amoris Laetitia é uma moralidade de São Tomé.” O Papa acabou por acrescentar que a teologia e a filosofia não devem ser “reflexões laboratoriais”.

Para Francisco, “Bento XVI falou da verdade como reunião sempre feita em diálogo com a realidade, porque não podemos fazer filosofia com a tabela logarítmica, que agora está em desuso. E o mesmo é verdade para a teologia, mas isso não significa roubo de teologia, pelo contrário. A teologia de Jesus foi a coisa mais real de tudo, começou a partir da realidade e só depois foi elevada até ao Pai. Ele começou a partir de uma semente, de uma parábola, de um fato.”

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