Um homem atacou à faca algumas pessoas na estação de comboios Saint-Charles em Marselha. O ataque fez pelo menos dois vítimas mortais e o atacante foi abatido pelas forças de segurança Sentinelle.

“Duas pessoas morreram, na sequência de ataques com arma branca”, afirmou Olivier de Mazières, um responsável pela polícia local.

Segundo o jornal Le Parisien, as vítimas são duas mulheres e foram esfaqueadas na zona abdominal e nas costas. Não se sabe, contudo, se há outros feridos. O L’Express adianta que o atacante tinha cerca de 30 anos e não tinha consigo quaisquer documentos de identificação.

Uma fonte próxima da investigação citada pelo jornal Le Figaro admite ter sido um ataque terrorista, uma vez que o assaltante gritou Allah akbar (Alá é grande em árabe) no momento do ataque, que aconteceu por volta das 13h45.

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A secção antiterrorista do Ministério Público de Paris abriu um inquérito ao ataque na gare principal de Marselha, sul de França. O inquérito foi aberto por “assassínio em ligação com uma entidade terrorista” e por “tentativa de assassínio de pessoa depositária de autoridade pública”. As investigações estão a cargo da Direção Central da Polícia Judiciária e da Direção Geral de Segurança Interna.

A polícia nacional francesa indicou, através do Twitter, estava em curso uma intervenção na zona que deve ser evitada. Para o local, foram mobilizados cerca de 200 agentes.

A gare, a principal de Marselha, foi evacuada e a circulação ferroviária interrompida. Testemunhos colocados na mesma rede social falam em tiros e momentos de pânico. O ministro do Interior, Gérard Collomb, já chegou a Marselha.

Édouard Philippe, o primeiro-ministro francês, já reagiu ao ataque através do Twitter. “Raiva e tristeza pelas vítimas. Apoio aos militares e polícias Sentinelle que nos protegem. Não baixaremos a guarda”, lê-se no tweet.

https://twitter.com/_ReveillezVous_/status/914475677272944640

Desde 2015 morreram 239 pessoas nos vários ataques terroristas em França. O governo francês voltou a renovar o estado de emergência até ao dia 1 de novembro, refere o Le Monde.