A relação do Executivo de António Costa com os seus parceiros de esquerda já viveu melhores dias. E (mais um) sinal desse ambiente menos amistoso é dado pelo líder do Partido Comunista (PCP), para quem “o Governo ficou mal na fotografia e subestimou a situação” nos fogos de Pedrógão Grande e do último fim-de-semana.

Na primeira entrevista após as eleições autárquicas — que a Antena1 divulga este sábado a partir das 12h00 –, Jerónimo de Sousa revela aos jornalistas Maria Flor Pedroso e João Vasco que não ficou desagradado apenas com a falha de resposta aos fogos deste verão. E, neste campo, insiste que o Banco de Terras não passará na avaliação do PCP.

Também a resposta de António Costa no debate quinzenal da última quarta-feira sobre a possibilidade de agravar o défice para cumprir a reforma da floresta não deixou o líder dos comunistas satisfeito.

Jerónimo defende défice de 1,2% (mais 400 milhões de euros) para o plano da reforma florestal e, mais, garantiu não estar disponível para que, em nome desse plano, se retire “o pão para a boca” daqueles que mais sofreram. Isto significa que o líder do PCP não aceita que o descongelamento das carreiras ou o alívio proposto nos escalões do IRS fiquem pelo caminho.

Assegura, contudo, que na medida que prevê o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego e o aumento da derrama estão alinhados com o governo de Costa e que tal será aprovado na especialidade.

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