Um centro escolar de Cabeceiras de Basto, que estava encerrado desde setembro devido a focos de incêndio ali registados, reabre na segunda-feira, após a detenção, pela PJ, de uma funcionária alegadamente responsável por aquelas ocorrências, informou hoje o município. Em causa está o Centro Escolar Padre Dr. Joaquim Santos, em Cabeceiras de Basto, que em setembro foi encerrado por “questões de segurança”, depois de ali se terem registado dois “pequenos” focos de incêndio.

“A Polícia Judiciária (PJ) acaba de informar que, na sequência das investigações realizadas, deteve uma senhora que confessou a autoria dos incêndios que ocorreram em março e em setembro último naquele estabelecimento de ensino”, refere um comunicado da câmara. O comunicado acrescenta que estão agora “garantidas todas as condições de segurança para que a atividade letiva decorra com toda a normalidade”.

A câmara explica que a agora detida esteve a trabalhar naquele centro escolar nos períodos em que ocorreram os incêndios, no âmbito de Programas do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Nos últimos dias, “por razões de serviço e gestão de recursos humanos”, a funcionária foi colocada a trabalhar na Piscina do Arco de Baúlhe, onde também ocorreram “idênticos incidentes” entre 28 e 31 de outubro. Terá tentado incendiar, designadamente, a viatura de serviço de um vereador. A PJ anunciou hoje a detenção da mulher, de 36 anos.

Em março, ocorreu um primeiro “pequeno incêndio” numa das arrecadações daquele centro escolar, atribuído na altura pelos técnicos a problema elétrico. A escola esteve encerrada três dias e só reabriu quando a câmara recebeu a garantia, das entidades externas que procederam à verificação de todo o sistema elétrico, que estavam reunidas as condições de segurança para que pudesse funcionar normalmente. A funcionária em questão deixou de trabalhar na escola mas regressou este ano letivo.

Registaram-se mais dois focos de incêndio, um na arrecadação de apoio ao auditório do centro escolar e o outro numa sala do jardim-de-infância. A câmara decidiu fechar a escola e solicitar à EDP e a uma entidade certificadora de instalações elétricas trabalhos de avaliação à qualidade da energia elétrica e respetiva instalação. Desde então, as mais de 350 crianças do pré-escolar e alunos do 1.º ciclo que frequentavam aquele centro escolar têm tido aulas em outras escolas.

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