789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

i

Getty Images/iStockphoto

Getty Images/iStockphoto

Este será o automóvel das cidades do futuro

O caminho a seguir está traçado. Mais do que um importante contributo para um planeta mais verde, os veículos elétricos são, cada vez mais, uma necessidade.

    Índice

    Índice

Vieram para ficar. Tudo aponta para que o caminho, nas próximas décadas, se faça a bordo de carros elétricos. Os automóveis movidos a combustíveis fósseis deixarão de ser os grandes protagonistas das estradas, sobretudo os carros a diesel, por muito que isso custe aos adeptos de motores a gasóleo.

Um pouco por todo o planeta, multiplicam-se as medidas para restringir, ou mesmo banir, a circulação de carros movidos exclusivamente a combustíveis fósseis. Cada vez mais, os veículos convencionais começam a ter a sua existência condicionada por uma série de medidas que são já uma realidade.

Vários países, como a França, a Alemanha, a Noruega, a Holanda e o Reino Unido já anunciaram que vão proibir a venda de carros com motor de combustão até 2050. A Noruega, por exemplo, já anunciou que quer reduzir de forma drástica a venda de veículos com motor unicamente a combustão e que pretende proibir a circulação a veículos não elétricos a partir de 2025. Trata-se do país com a maior taxa per capita de carros eléctricos no Mundo: mais de 50%.

Pelo menos 11 cidades europeias, entre as quais Madrid e Paris, vão interditar, a partir de 2020, a entrada de carros a gasóleo anteriores a 2014. Seguem-se todos os outros carros a diesel, mesmo os recentes, que não serão permitidos a partir de 2025. O número de cidades a impor restrições nesta matéria vai continuar a aumentar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Lisboa é, para já, a única cidade portuguesa que aplica medidas restritivas à circulação de carros antigos (sem distinção de combustível), proibindo a circulação, em várias zonas do centro da cidade, de veículos com matrícula anterior a 1996 ou 2000.

Este ano, mil portugueses que compraram carros 100% elétricos tiveram direito a um cheque de 2.250 euros.

A caminho do planeta mais verde

O combate às alterações climáticas é, naturalmente, uma das principais motivações das medidas restritivas que têm vindo a ser adoptadas pelos países. Mas aquilo que está em causa não é apenas a questão das emissões e o facto dos transportes representarem cerca de 25% das fontes de poluição na UE. Existem outras preocupações em cima da mesa, como a questão da gestão dos recursos disponíveis e, em especial, a urgência em resolver os efeitos da poluição ao nível da saúde pública. A má qualidade do ar, sobretudo nas zonas urbanas, mata atualmente quase meio milhão de pessoas por ano, segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente divulgado em finais de 2016. A culpa é das emissões de partículas (PM10 e PM2,5) e óxidos de azoto (NOx), que se infiltram nos pulmões e são responsáveis por doenças respiratórias e cardiovasculares. Com zero emissões, o carro elétrico poderá ser a solução na luta contra a poluição nos grandes centros urbanos. Trocar um automóvel com um motor alimentado por combustíveis fósseis (gasolina, gasóleo, gás) por um carro movido a eletricidade, é um pequeno passo que pode significar um enorme contributo para cidades menos poluídas, populações mais saudáveis e um planeta mais limpo.

O carro elétrico traz benefícios em nome próprio

O preço dos veículos elétricos pode ser um entrave à sua aquisição. No entanto, quem compra um carro elétrico, em Portugal, tem alguns incentivos fiscais. Um veículo 100% eléctrico não paga ISV (Imposto Sobre Veículos) e usufrui de uma redução do IUC (Imposto Único de Circulação), cujo valor oscila entre os 7,91 e os 35,87 euros. No caso das empresas, as vantagens são ainda maiores: estão isentas de Tributação Autónoma e deduzem o IVA. Com estes incentivos, contas feitas, o impacto no custo total de utilização é muito positivo. Há que ter em conta todos os valores, incluindo gastos com impostos e combustível, e não olhar apenas para o preço de aquisição.

Mas há mais benefícios fiscais. Este ano, mil portugueses que compraram carros 100% elétricos tiveram direito a um cheque de 2.250 euros. Sabe-se já que o Governo pretende manter o incentivo à compra de carros elétricos no próximo ano. Na versão preliminar do OE, não é referido ainda qual será o valor do cheque a atribuir em 2018, nem quantos cheques estarão disponíveis.

Quanto aos custos de utilização, veja esta comparação: um veículo a gasolina obriga a um gasto de, no mínimo, quase 10€ por cada 100 kms; um carro a diesel, realiza os mesmos 100 kms por cerca de 7€; o valor desce para cerca de 5€, no caso do gás. E um automóvel movido a eletricidade? 2€ aos 100 kms. Agora, é multiplicar pelo número de quilómetros que faz num ano e descobrir quanto poderia poupar com um carro elétrico.

A experiência de conduzir um elétrico

Um dos aspetos marcantes da experiência de condução de um veículo elétrico é o facto de ser silencioso. A ausência de ruído reduz a poluição sonora e é muito agradável para quem conduz, apesar de, por outro lado, exigir atenção redobrada, uma vez que não permite que peões e outros condutores ouçam e prevejam a aproximação de um carro elétrico.

A somar a todas as outras vantagens, o carro elétrico é ideal para circuitos urbanos, pela sua agilidade e pela capacidade de aproveitar as situações de para-arranca (situação que, nos carros tradicionais, inflaciona os consumos) para ajudar a regenerar energia, através da travagem e, em alguns casos, da desaceleração.

Um veículo a gasolina obriga a um gasto de, no mínimo, quase 10€ por cada 100 kms; um carro a diesel, realiza os mesmos 100 kms por cerca de 7€; o valor desce para cerca de 5€, no caso do gás. E um automóvel movido a eletricidade? 2€ aos 100 kms.

Sabia que há 500 postos de carregamento?

Um dos fatores que contribui para impulsionar o mercado, além da produção de veículos com maior autonomia, é a melhoria das infraestruturas. Em Portugal, tem havido uma aposta forte na instalação de postos de carregamento – entre os quais, os de carregamento rápido – e nos corredores eléctricos, que já permitem percorrer Portugal de norte a sul do país num veículo elétrico. Atualmente, a rede pública de carregamento é composta por mais de 500 postos.

Mais confortável ainda, é carregar o carro em casa ou na empresa, numa tomada convencional ou num posto de carregamento instalado para o efeito, na garagem ou à porta de casa.

Novidades no presente

De olhos postos no futuro, o maior fabricante automóvel mundial prepara-se para um investimento massivo em carros elétricos nos próximos anos. 70 mil milhões de euros é quanto o grupo Volkswagen pretende investir na eletromobilidade ao longo da próxima década. Do total, 50 mil milhões serão destinados ao investimento em baterias, quer através de parcerias, quer através de soluções próprias de produção.

O primeiro veículo de uma nova gama de elétricos da marca alemã já tem nome. Chama-se I.D. e foi apresentado ao mundo no ano passado, no Salão de Paris. A partir de 2020, este veículo 100% elétrico é o primeiro a ser produzido sob a nova plataforma modular elétrica da marca (Modular Electric Drive). Respondendo aos desafios do futuro, o modelo I.D. Concept não será apenas uma alternativa ecológica e com uma autonomia de 600 km. Será o primeiro automóvel da marca capaz de operar autonomamente.

O automóvel do futuro é para partilhar

Enquanto os elétricos trilham o seu caminho, conquistando espaço no mercado, a partilha de veículos é, também, uma realidade, inclusivamente em Portugal. Hoje, é possível, a partir de uma app instalada no smartphone, entrar num carro estacionado na via pública e seguir viagem. Os automóveis autónomos estão ainda a dar os primeiros passos, a Alemanha foi o primeiro país do mundo a legalizá-los e, em Portugal, já se fazem testes. Tudo converge para uma realidade que, no presente, parece já não deixar dúvidas em relação ao rumo a seguir: elétrico, partilhado e autónomo, assim é o carro do futuro.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora