Passos Coelho assegurou hoje que o governo “está a dar conta do recado” no que diz respeito à governação do país e acusou o PS de “querer transformar a Europa no que transformou Portugal em 2011”, alegando que ao defender a mutualização da dívida os socialistas estão a fragilizar a Europa em Portugal. Já Paulo Portas afirmou que “não há nenhum português lúcido que se atire para o precipício duas vezes seguidas”, defendendo que votar no próximo domingo na Aliança Portugal é “dar sentido útil ao esforço que os portugueses fizeram”.
No comício de encerramento da coligação do PSD/CDS-PP às europeias, os dois partidos encheram um pavilhão na zona da Maia para ouvirem Passos Coelho e Paulo Portas dizer que o “bom senso triunfará” no dia das eleições. “Estas eleições são importantes não para saber quem é que governa no dia 26 – os eleitores já esclareceram essa matéria em 2011 e nós estamos a dar conta do recado” assegurou Passos Coelho que hoje foi mais longe e foi mais directo nas críticas dirigidas aos socialistas.
“Várias vezes os portugueses se perguntaram porque é que alguns se esforçavam para evitar um segundo resgate enquanto outros apresentavam moções de censura e queriam derrubar o governo e o esforço dos portugueses” sublinhou o primeiro-ministro. Ao defenderem a mutualização da dívida, segundo Passos Coelho, os socialistas estão a fragilizar o Portugal europeu ao não articularem a sua posição com a família europeia socialista. “Querem transformar a Europa naquilo em que transformaram Portugal em 2011” concluiu o primeiro-ministro.
Já Paulo Portas reconheceu as dificuldades enfrentadas por Paulo Rangel e Nuno Melo nestas eleições – “nós sabemos que é díficil ser candidato do PSD e do CDS”, mas diz esta convicto que “no próximo domingo o bom senso triunfará”. Quanto a Sócrates e à sua presença na campanha socialista, Portas disse que o país tem “uma factura para lhe apresentar, uma factura de 78 mil milhões”.
Pedro Passos Coelho apontou ainda que os eurdodeputados eleitos têm a responsabilidade acrescida de participar na escolha do próximo Comissário Europeu que sairá também destas eleições. “No Conselho não temos um vínculo legal, mas sim um compromisso moral. Se o PPE vencer estas eleições na Europa então nós devemos esperar que Juncker seja o próximo presidente da Europa” contrariando assim Angela Merkel que diz já estar a preparar o nome do próximo presidente da Comissão à porta fechada.