O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou, nesta segunda-feira, que os impostos sobre o trabalho na região “são muito altos” e que, depois de uma fase de aumento, a Europa deve pensar que impostos devem ser reduzidos nos próximos cinco anos.

O responsável holandês, que falava durante o Fórum do Banco Central Europeu sobre política monetária que decorre em Sintra até terça-feira, voltou a defender que a principal mensagem dos resultados das eleições europeias deste domingo é que os líderes europeus têm de acelerar o passo e “começar a apresentar resultados”.

Dijsselbloem disse que se fizeram coisas boas mas reconheceu erros na condução dos destinos europeus durante a crise: “fizemos algumas coisas demasiado tarde, outras tivemos que improvisar e com grande impacto na vida das pessoas”.

Os resultados, diz, vão aparecer. Mas estão a demorar muito e não chegaram a tempo destas eleições. Por isso mesmo, os políticos europeus têm de começar a apresentar resultados para cativar novamente os eleitores para a União Europeia.

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“Este processo de ajustamento tem de continuar. Isto é uma verdade que custa aos nossos eleitores, mas tem de ser assim”, disse o presidente do Eurogrupo.

O responsável defendeu também que, apesar da necessidade de ganhar eleições, este processo de ajustamento que tem vindo a ser seguido nos últimos tem de continuar.

“Este processo de ajustamento tem de continuar. Isto é uma verdade que custa aos nossos eleitores, mas tem de ser assim”, disse.

Admitindo que, no seu próprio país, a Holanda, as coisas não vão bem para o partido a que pertence – “não sei se vou ganhar as próximas eleições, como as coisas estão no meu partido, provavelmente não”, disse – tem de se explicar aos eleitores que “ainda vamos a meio caminho”.

Neste aspeto, defende maior liberalização do mercado de trabalho e liberalização das profissões, por exemplo, para ilustrar que, na sua opinião, “muito pode e deve ser feito”.