O Papa Francisco criticou este segunda-feira “o sistema económico desumano” que causa níveis de desemprego jovem que atinge “50% em Espanha, 60% na Andaluzia”, classificando-o como um exemplo da cultura “de exclusão”.

Questionado pelos jornalistas, no voo de regresso a Roma, desde Israel, a propósito dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, o pontífice disse que “não entendia tanto” de assuntos como o populismo ou o euro.

Mas teve palavras para o desemprego, que considerou “grave”, e acrescentou, como publicou o diário La Stampa, que se está “num sistema económico onde o centro é o dinheiro, não a pessoa humana”. Para o Papa, “este sistema exclui para se manter”, exemplificando com as crianças, os idosos e os jovens.

Sobre os primeiros, disse que “o nível de nascimentos não é elevado, em Itália menos de dois por casal, em Espanha ainda menos”. Quanto aos idosos, Francisco afirmou: “Excluem-se os idosos, também com a eutanásia oculta, os medicamentos só dão até um certo ponto”.

E a propósito dos jovens, adiantou que em Itália acredita “que o desemprego juvenil está próximo dos 40%, em Espanha de 50%, em Andaluzia dos 60%”.

Para o Papa, esta “é toda uma geração de pessoas que não estuda nem trabalha”, considerando que “esta cultura de exclusão é gravíssima. Não apenas na Europa, mas na Europa sente-se com força”.

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