O diretor executivo da Organização Mundial do Turismo (OMT), Márcio Lucca de Paula, disse, nesta segunda-feira, que os resultados de Portugal no setor colocaram-no como o 13.º país com maior excedente turístico no mundo em 2013.

“No ano passado, Portugal situou-se na 13.ª posição do mundo em termos de ‘supéravit’ na balança do turismo internacional, com um resultado positivo de oito mil e 100 milhões de dólares americanos ou seis mil e 100 milhões de euros”, afirmou o responsável, em Lisboa, no lançamento da Nova Estratégia de Comunicação Digital do Turismo em Portugal.

Este número, lembrou, corresponde a 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, o que coloca o país, do ponto de vista deste indicador, “na terceira posição dentro dos 25 países com maior ‘superavit’ do mundo no turismo”, acrescentou.

“Vocês estão numa trajetória para chegar ao primeiro lugar. Isso é possível, não estão longe”, afirmou ainda na mesma apresentação, que contou com a presença do ministro da Economia, António Pires de Lima, do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, do presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, bem como de outros responsáveis e empresários do setor.

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“O turismo é uma importante atividade económica em Portugal. Cada vez mais pode-se ver, sentir, experimentar e vivenciar esta realidade e os números também o confirmam. Tanto em termos de chegadas de turistas internacionais ou pernoitas em estabelecimentos hoteleiros, como em receitas auferidas com as atividades dos turistas no país”, referiu.

Márcio Lucca de Paula afirmou que os resultados alcançados por Portugal no setor do turismo estão “marcadamente acima do crescimento verificado ao nível mundial e no conjunto dos 28 países da União Europeia”, bem como se se considerar “apenas o grupo dos países europeus do mediterrâneo”.

“De todas as formas que podemos comparar de maneira imediata, Portugal situou-se acima de todas as médias (…)”, isto também significa que “Portugal está a aumentar a sua participação no mercado internacional”, acrescentou o responsável da OMT. Assim, realça, o turismo presta, sem dúvida, uma contribuição fundamental ao equilíbrio das contas internacionais de Portugal e à sua economia como um todo”.

A 13 de fevereiro, o INE divulgou que, no conjunto do ano de 2013, os estabelecimentos hoteleiros acolheram 14,4 milhões de hóspedes (mais 4,2% do que em 2012) e registaram 41,7 milhões de dormidas (mais 5,2%). O resultado positivo baseou-se nos mercados externos (mais 8%), já que “as dormidas de residentes tiveram uma ligeira redução (menos 0,9%)”.

A evolução dos proveitos foi igualmente positiva em 2013 (mais 5,4% nos proveitos totais para 1.957,5 milhões de euros e mais 6,4% nos de aposento para 1.372,8 milhões de euros), inversamente ao observado no ano anterior (menos 2,6% e menos 1,3%).

“Em 2013, o turismo confirmou-se como o setor que mais contribuiu para o saldo positivo da nossa balança comercial. Esse saldo situou-se em 104,3% e foi positivo pela primeira vez em décadas”, sublinhou, na altura, Pires de Lima, realçando então o turismo como o “maior setor exportador português”.

Hoje, o ministro relembrou que os dados do primeiro trimestre de 2014 continuam a dar “motivos para acreditar e muito” no setor, mostrando-se confiante de que o turismo “seguramente continuará a ser um campeão da economia nacional”.

Até março, as dormidas cresceram 4%, os hóspedes 6% e os proveitos de aposento na hotelaria subiram 5,9%. “Estes números, em particular, nos proveitos, são superiores aos do mesmo período de 2013, o melhor de sempre”, frisou ainda o ministro.