O presidente da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar, Rui Maximiano (PS), disse à agência Lusa que se deslocava para Lisboa quando lhe “telefonaram da junta a dizer que um grupo de pessoas não deixa abrir as instalações”. O protesto prende-se com a decisão do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra (ACSS) de concentrar, a partir de hoje, os serviços prestados nas unidades de Almargem do Bispo, Dona Maria e Sabugo na extensão de saúde de Negrais.

A decisão levara já dezenas de populares de Dona Maria, na sexta-feira de manhã, a cortarem a estrada municipal 544, que liga a aldeia a Almargem do Bispo. Os moradores queixaram-se da distância de mais de 15 quilómetros e da falta de transportes públicos para Negrais.

Os protestos estenderam-se esta manhã ao Sabugo e a Negrais, com a GNR a confirmar que dezenas de pessoas estão também concentradas junto ao posto médico do Sabugo.

Em Negrais, a CDU de Sintra promoveu uma concentração que juntou cerca de três dezenas de pessoas. O Centro de Saúde de Negrais “esteve para fechar no ano passado e não se percebe como é que agora dizem que é o único polo com condições para concentrar as extensões de saúde da freguesia”, afirmou Paula Borges, da CDU de Sintra. A coligação tinha marcado uma visita pelos centros de saúde que iam fechar, mas decidiu transferir a ação para “denunciar a incapacidade” do equipamento de Negrais para “suportar os utentes abrangidos pelas extensões a encerrar”.

O ACSS considera que Negrais possui condições para concentrar a atendimento para as populações da antiga freguesia de Almargem do Bispo. Os eleitos da CDU e do movimento independente Sintrenses com Marco Almeida manifestaram na última reunião de câmara “preocupação” pela deficiente prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares no concelho.

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (eleito pelo PS), escreveu uma carta ao ministro Paulo Macedo a solicitar uma reunião com carater de urgência para analisar a situação da saúde no município.

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