Vinte e cinco dos 184 acidentes marítimos registados no ano passado foram considerados “muito graves”, tendo o total dos desastres provocado 31 mortos, divulgou hoje o Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Marítimos.
O relatório estatístico do Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Marítimos (GPIAM) adianta que do total de 184 acidentes marítimos registados em 2013, 25 foram classificados como “muito grave”, 96 como “grave” e 63 como “pouco grave”.
Segundo o GPIAM, que produziu estatísticas pela primeira vez em 2013, os acidentes e incidentes marítimos provocaram 31 vítimas mortais no ano passado.
Os acidentes marítimos tiveram um pico em agosto de 2013, tendo-se registado 26, enquanto junho e outubro foram os meses com menor número de desastres.
A média mensal de acidentes marítimos foi de 15,3 em 2013, adianta o relatório, referindo que a área de recreio representou o maior número de desastres, 40,7 por cento do total, seguindo-se os registados com navios e embarcações de pesca e com os navios de comércio.
De acordo com o GPIAM, do total de acidentes marítimos do tipo “muito grave” registados ao longo do ano de 2103, 12 por cento aconteceram com navios de comércio, 24 por cento na área do recreio e 64 por cento na da pesca.
O relatório sublinha que se registou um aumento significativo de acidentes marítimos na área do recreio nos meses de julho e agosto.
O GPIAM indica também que 150 dos acidentes marítimos aconteceram nas águas interiores ao mar territorial e 25 para além deste limite.
O gabinete recomenda “um aumento da fiscalização” por parte da Autoridade Marítima e da Autoridade para as Condições do Trabalho, “mas numa conduta mais pedagógica que efetivamente conduza a uma mudança de hábitos e de comportamentos potenciadores do aumento da segurança no mar, nomeadamente na área da pesca e do recreio” e sugere “uma clarificação e simplificação dos regulamentos e normas em vigor”.
Criado em 2012, o GPIAM tem por missão investigar os acidentes e incidentes marítimos.