O presidente da Câmara de Lisboa e candidato à liderança do PS, António Costa, afirmou neste sábado que o PS tem de se ser capaz de converter a atual “maioria do contra” o Governo numa “maioria de Governo”. “Os portugueses estão à espera que o PS revele um suplemento de confiança, uma energia motivadora, uma capacidade de agregação como alternativa de Governo desta grande maioria do contra que já existe”, afirmou, em Barcelos, onde contactou com militantes e simpatizantes do partido.

António Costa sublinhou que “hoje existe uma maioria de oposição ao atual Governo que extravasa em muito as fronteiras políticas tradicionais”. “Hoje, na oposição a este Governo não estão só os socialistas e os que estão à esquerda do PS. Estão, também, muitos dos que tradicionalmente estão à nossa direita, muitos que são eleitores tradicionais do PSD e que se sentem definitivamente desiludidos com um partido que rompeu com a sua história e com o seu projeto e em quem não querem mais confiar”, acrescentou.

Para António Costa, o PS tem de se afirmar como a “solução de Governo” e não como uma parte da solução para o Governo. “Há camaradas que se revelam satisfeitos e conformados a dizer que não haverá nenhuma solução de Governo sem o PS. Eu acho que esta ambição não corresponde àquilo que os portugueses desejam de nós. Os portugueses desejam que tenhamos a ambição de dizer: a solução de Governo é o PS”, acrescentou.

“É fundamental dar força ao PS”, afirmou António Costa, perante cerca de duas centenas de apoiantes da sua candidatura à liderança do partido.

O edil de Lisboa sublinhou que os portugueses que estão descontentes com o atual Governo exigem “ambição” do PS. “São todos esses que olham para nós e dizem: mas de que é vocês estão à espera? Despachem-se para responder à nossa necessidade de ter uma alternativa de Governo que mude efetivamente de política e devolva a esperança e a confiança no futuro de Portugal”, enfatizou. E acrescentou que foi em nome desse objetivo que abdicou do “sossego” da sua vida, para “ser útil” ao país.

“Não tenho o direito de me manter no sossego da vida que tenho tido se posso ser útil ao país”, sublinhou António Costa. Como linhas de força para uma futura governação socialista por si liderada, António Costa apontou a valorização dos recursos humanos, do território e da língua portuguesa, a modernização do tecido empresarial e da administração pública e a coesão social.

“É fundamental dar força ao PS”, afirmou, perante cerca de duas centenas de apoiantes da sua candidatura à liderança do partido. Entre os presentes na iniciativa desta tarde, contavam-se o presidente da Câmara de Barcelos e o líder concelhio do PS, o presidente da Câmara de Guimarães e o ex-presidente da Federação Distrital de Braga do PS Joaquim Barreto.

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