“No quadro de deterioração acentuada das condições no mercado de trabalho, as remunerações do trabalho caíram, em termos reais, 10% entre 2010 e 2013”, pode ler-se num relatório do Banco de Portugal que o Diário de Notícias cita na sua edição deste domingo.

A instituição que regula o setor bancário no país diz que “esta evolução foi especialmente acentuada no caso das remunerações do setor público” e que “o rendimento disponível das famílias recuou em três anos para o nível observado em meados da década passada”.

“Só a quebra salarial sofrida desde 2010 anda à volta de 24%, uma perda que aumenta se contarmos com o congelamento salarial, a redução do pagamento do trabalho suplementar e o aumento do horário de trabalho”, comenta Helena Rodrigues do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ouvida pelo DN.

O Banco de Portugal refere também que a taxa de pobreza aumentou 0,8 pontos percentuais em 2012 (o que representa cerca de 85 mil novos pobres), o que “aponta para uma inversão da tendência descendente” deste indicador. A instituição governada por Carlos Costa lembra que “a taxa de pobreza em Portugal continua a ser uma das mais elevadas na área do euro”, devido, em grande parte, e existirem cerca de 10% dos trabalhadores nesta situação.

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