Passos Coelho diz que Durão Barroso “tem uma história muito rica” e que teria “prazer” em apoiá-lo para qualquer cargo de relevo dentro da União Europeia, agora que está de saída da Comissão Europeia. “Se ele estiver disponível tem todas as qualidades e condições para poder vir a desempenhar uma função desse tipo” afirmou o primeiro-ministro, dizendo que está “feliz” com a eleição de Juncker durante a reunião do Conselho Europeu.

“Ficamos em ótimas mãos” disse Passos Coelho em Bruxelas após a escolha de Juncker para presidente da Comissão. Para o primeiro-ministro, o quase certo presidente da Comissão, não só é “um líder político experiente” e detém “um profundo conhecimento da Europa”, como, e talvez mais importante, é um “verdadeiro amigo de Portugal”. O líder do executivo diz que encarou a votação pedida por Cameron para esta nomeação com “muita naturalidade”, esperando que o consenso quase total se volte a repetir no Parlamento Europeu de modo a eleger Juncker como presidente da Comissão.

O primeiro-ministro diz que Portugal terá uma relação “intensa” com a Comissão nos próximo anos e que por isso é “útil” ter na liderança desta instituição alguém que “conhece bem a realidade portuguesa”. “Jean-Claude Juncker como presidente do Eurogrupo exerceu essas funções de uma forma bastante útil para Portugal. A forma como o vou abordar agora como futuro presidente da Comissão ficará entre nós os dois. Ele conhece bem Portugal e não deixará de utilizar esse conhecimento para não discriminar Portugal”, entende Passos Coelho.

Questionado em conferência de imprensa sobre o novo papel que Durão Barroso pode vir a assumir na União Europeia após deixar a Comissão, nomeadamente o cargo de presidente do Conselho Europeu, Passos Coelho afirmou que “apoiaria com prazer” a sua candidatura a qualquer cargo importante nas instituições europeias, embora reconheça que essa decisão “não caiba a Portugal” em exclusivo.

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Sobre a escolha do próximo comissário português, Passo Coelho diz que o processo não vai decorrer em “praça pública”, embora admita já ter pensado nalgumas figuras possíveis, dizendo que a sua escolha vai depender da pasta atribuída a Portugal nas negociações com os restantes 27 Estados-membros. Nesta escolha, Passos assegurou que terá em conta o PS, reiterando: “Não deixarei de consultar o maior partido da oposição”.

Pedro Passos Coelho abordou ainda a convocação por parte do Presidente da República do Conselho de Estado, dizendo que esta reunião é “oportuna”, especialmente tendo em conta os temas na agenda: pós-troika e fundos comunitários. “É uma agenda importante para que o Presidente da República possa avaliar o que as diversas forças politicas e as personalidades e instituições que o aconselham têm a dizer” sublinhou o primeiro-ministro.