Luís Fontoura, de 81 anos, que por quatro vezes foi vice-presidente do PSD, morreu este domingo em Lisboa, disse à Lusa fonte partidária.

Luís Fontoura desempenhava atualmente as funções de presidente da mesa do plenário do PSD Lisboa. À Lusa, o PSD Lisboa manifestou o seu “pesar pelo desaparecimento de um dos [seus] mais importantes militantes”.

O velório de Luís Fontoura realiza-se hoje a partir das 18:00 na Basílica da Estrela, em Lisboa, onde, na segunda-feira pelas 14:00 é rezada missa de corpo presente, saindo o funeral para o cemitério do Alto de São João, informou a assessoria do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).

O social-democrata era natural de Moçâmedes, no sul de Angola, desempenhava atualmente as funções de presidente do Conselho de Escola do ISCSP.

Luís Fontoura foi secretário de Estado da Comunicação Social em 1981 e para a Cooperação e Desenvolvimento, de 1982 a 1983, no Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), liderado por Francisco Pinto Balsemão.

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“O ISCSP despede-se do professor Luís Fontoura com imensa gratidão pela sua dedicação a esta escola que considerava com orgulho no seu percurso de vida. Personalidade de unânime valor e generosidade pelo contributo inestimável que deu à sociedade e à academia em particular”, lê-se no comunicado da instituição académica.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Fontoura foi professor convidado jubilado ISCSP, de Lisboa e Doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa. Além das funções no Governo de Pinto Balsemão, Luís Fontoura presidiu ao conselho de administração do ICEP-Instituto do Comércio Externo de Portugal.

Proferiu conferências em diferentes universidades, entre elas, a do Minho, Portucalense e Autónoma de Lisboa, nos institutos de Defesa Nacional, de Altos Estudos Militares, Superior Naval de Guerra, na Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Sociedade de Geografia de Lisboa, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Brasil e D. João de Castro.

Luís Fontoura foi autor de várias obras, designadamente “Cooperação-Destino Inevitável”, “O Novo Ciclo da Cooperação Luso-Africana”, “Da Cooperação Norte-Sul à Cooperação Horizontal”, “CPLP – A importância do Brasil no espaço lusófono”, “ Breviário dos Dias Comuns” e “General Meira Mattos (perfil e obra geopolítica)”, e colaborou no Diário de Noticias e Diário Económico.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi delegado do Procurador da República em Angola de 1966 a 1967, presidente da Caixa de Previdência dos Transportes Automóveis, de 1967 a 1968 e vice-presidente dos Serviços Médico-Sociais do Distrito de Lisboa, de 1969 a 1972.

Na década de 1960 exerceu as funções de jornalista em diversos órgãos, nomeadamente Diário de Luanda, A Província de Angola Notícias de Lourenço Marques.