O vice-primeiro-ministro ucraniano, Vladimir Groisman, afirmou nesta terça-feira, em Estrasburgo, França, que o grupo estatal russo Gazprom não fornece gás à Ucrânia há cerca de um mês. O representante de Kiev reagia às acusações da empresa russa, que afirmou que as autoridades ucranianas tinham falhado o pagamento do fornecimento de gás durante o mês de junho.

“Quase há um mês que não recebemos uma única gota de gás” russo, afirmou Vladimir Groisman, em declarações à comunicação social, após uma reunião em Estrasburgo com o secretário-geral do Conselho da Europa, o norueguês Thorbjorn Jagland. O vice-primeiro-ministro ucraniano, que acusou o grupo estatal russo de ter duplicado o preço do gás “sem qualquer motivo”, acrescentou que a Rússia impõe à Ucrânia três tipos de agressão: “energética”, “militar” e “informativa”. A reunião com Thorbjorn Jagland foi centrada nas alterações constitucionais que o Governo de Kiev quer aprovar.

As emendas foram na segunda-feira apresentadas à Comissão de Veneza, um órgão consultivo sobre questões constitucionais, criado junto do Conselho da Europa, que proporciona aconselhamento jurídico aos países-membros e ajuda os Estados a ajustarem as respetivas estruturas legais e institucionais aos valores europeus. “As mudanças que estamos a introduzir serão compatíveis com a Europa”, disse o vice-primeiro-ministro ucraniano, 11 dias depois de a Ucrânia ter assinado um acordo de associação com a União Europeia (UE).

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