O Nomura considera que o Banco Espírito Santo (BES) vai precisar de fazer um novo aumento de capital, com o objectivo de recolher mil milhões de euros e conseguir assegurar um rácio de solvabilidade de 10% e constituir provisões suficientes para acomodar os riscos de exposição a empresas do Grupo Espírito Santo (GES). A opinião foi transmitida aos clientes da instituição financeira japonesa pela equipa de analistas, numa nota que é citada nesta sexta-feira pelo Diário Económico.

O valor a captar junto dos investidores seria semelhante àquele que o BES, ainda sob a liderança executiva de Ricardo Salgado, recolheu através de uma emissão de novas ações que foi conretizada em junho passado. Mas o Nomura admite que o banco poderá ter de emitir mais títulos de forma a aumentar o encaixe, devido às perdas potenciais registadas pelo BES Angola.

A probabilidade de o BES fazer um aumento de capital é grande e esta operação significará a entrada de novos investidores e a mudança de acionistas de referência, tendo o governador do Banco de Portugal afirmado já, publicamente, haver cinco interessados na instituição. Na nota citada pelo Económico, o Nomura refere que a exposição do BES às empresas do Grupo representa “perdas potenciais de 1,18 mil milhões de euros, além dos 700 milhões de papel comercial da ESI subscritos pelo retalho”.

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