Os Presidentes de França e Alemanha, François Hollande e Joachim Gauck, reuniram-se no leste francês para lembrar e tirar lições da barbárie cometida em Hartmannswillerkopf, cem anos depois da declaração de guerra da Alemanha à França.

“A França e a Alemanha, além do sofrimento e da dor, tiveram a audácia de se reconciliar. Esta é a mais bela maneira de homenagear os mortos e oferecer aos vivos uma garantia de paz”, disse Hollande, na cidade de Hartmannswiller (Alsácia), um local em que ocorreram batalhas na I Guerra Mundial.

“É verdade, a Europa é um projeto difícil”, respondeu Gauck, acrescentando que “as gerações que nos precederam, estes ancestrais que combateram aqui, em Hartmannswillwerkopf, ou no Marne, ou ainda em Verdun, teriam gostado de ter as nossas dificuldades”.

Colocando como exemplo a reconciliação franco-alemã, Hollande apelou a um “mais que necessário” cessar-fogo entre Israel e o Hamas, para por fim aos combates entre Israel e a Faixa de Gaza.

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“Para aqueles que desesperam pelo processo de paz no Médio Oriente, qual mais bela mensagem nós poderíamos entregar hoje senão esta”, disse Hollande.

Os dois chefes de Estado estiveram junto na homenagem junto do monumento de Hartmannswillerkopf – uma montanha rochosa da região, onde ocorreram batalhas sangrentas durante a I Guerra Mundial -, emoldurado por 60 porta-bandeiras, antigos combatentes.

Os dois presidentes assinaram uma declaração comum pela ocasião da deposição da primeira pedra do memorial franco-alemão de Hartmannswillerkopf, a “primeira instituição binacional consagrada à I Grande Guerra”.

O museu deve abrir as suas portas em 2017 ao público.