O número de vistos concedidos pela Embaixada de Portugal na China cresceu mais de 60% este ano, para cerca de 4.200 em sete meses e meio, ilustrando o crescente relacionamento bilateral nas áreas do turismo, educação e investimento.

“Até meados de agosto já tínhamos concedido mais vistos do que em todo o ano passado”, disse fonte diplomática à agência Lusa, a propósito da abertura de um novo centro de atendimento de vistos de Portugal em Pequim.

O centro, gerido por uma multinacional do setor, funciona fora da Embaixada de Portugal, num moderno edifício de escritórios onde estão instalados serviços idênticos da Áustria, Suécia, Espanha e outros países da União Europeia.

Um dos cinco guichets do centro é reservado ao processo de “vistos gold”, uma modalidade instituída pelo governo português no final de 2012 para atrair investimentos de cidadãos exteriores à União Europeia.

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Os “vistos gold” garantem a autorização de residência e livre circulação no espaço Schengen a quem compre uma casa no valor igual ou superior a 500.000 euros, faça um depósito um milhão de euros num banco português ou constitua uma empresa que crie pelo menos dez postos de trabalho.

Portugal concedeu 476 “vistos gold” em 2013, cerca de 80% dos quais a cidadãos chineses, indica o relatório anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), difundido em junho passado.

Aquele número corresponde a um investimento de cerca de 304,5 milhões de euros, sobretudo no imobiliário das áreas da grande Lisboa, distrito de Setúbal, Algarve e Madeira.