“Ainda não temos uma estratégia”. Foi assim que o presidente dos Estados Unidos se referiu ao combate aos extremistas do Estado Islâmico esta quinta-feira à noite, numa declaração que fez ao país. Barack Obama respondia a uma pergunta de jornalistas relativamente à entrada de forças militares americanas na Síria e preferiu não se comprometer. “Não quero pôr o carro à frente dos bois”, disse, acrescentando que a estratégia a seguir ainda está a ser pensada.

Esta quinta-feira à noite, Obama e o seu vice-presidente, Joe Biden, reúnem-se com os seus conselheiros de segurança, mas não é expectável que do encontro saiam decisões concretas sobre ações de combate ao Estado Islâmico. Durante o dia, os Estados Unidos fizeram mais bombardeamentos no Iraque, o que, defende Obama, está a reduzir a capacidade bélica do grupo extremista. “Devido aos nossos bombardeamentos, os terroristas do ISIS estão a perder armas e equipamento. Em algumas zonas, o governo iraquiano e as forças curdas já começaram a fazê-los abrandar”, afirmou.

O que está atualmente em cima da mesa é o combate do Estado Islâmico diretamente na Síria, onde o Secretário de Estado da Defesa Chuck Hagel acredita estar a chave para a derrota total do grupo. “Trata-se de uma organização que tem uma visão estratégica apocalíptica e que terá de ser vencida a dada altura. Podemos derrotá-los sem atacar a parte que está na Síria? A resposta é: não”, disse o responsável.

Para já, Obama não confirma nem exclui nenhum cenário, dizendo apenas que, nos próximos dias, John Kerry deverá viajar para o Médio Oriente, no âmbito de um esforço político e diplomático que decorre a par com a ação militar. “As nossas tropas são as melhores do mundo. Podemos aniquilar o ISIS no terreno e conter os acontecimentos temporariamente, mas assim que sairmos os mesmos problemas regressarão”, afirmou o presidente americano.

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