O economista-chefe do Deutsche Bank, David Folkerts-Landeu, considerou este sábado que a Escócia cometeria um “erro económico” se optasse pela independência do Reino Unido no referendo que decorrerá na quinta-feira.

“A vitória do ‘sim’ no referendo entraria na história como um erro político e económico tão grande como a decisão de Winston Churchill em 1925 de devolver a libra ao padrão ouro ou a incapacidade da Reserva Federal (Fed) em dar liquidez ao sistema bancário norte-americano, que levou à Grande Depressão”, afirmou o responsável, numa intervenção na cadeia televisiva britânica BBC.

O especialista do banco alemão afirmou que é “incompreensível” que os escoceses contemplem a ideia da independência do resto do Reino Unido, segundo cita a agência espanhola EFE.

Folkerts-Landau alertou para o risco de “recessões, subida de impostos, quebra no investimento público e aumento das taxas de juro” que poderão ocorrer numa Escócia independente.

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“Há ocasiões em que algumas decisões políticas fundamentais têm consequências negativas mais extensas do que os votantes e políticos poderiam ter imaginado. Creio que este é um desses momentos”, acrescentou.

Já o responsável pela estratégia global do Detusche Bank, Bilal Hafeez, disse que seria “muito difícil” a economia escocesa prosperar após a independência.

“O problema básico é que se a Escócia romper com a União, mas continuar a usar a libra, perderia o controlo da divisa. Teria de aceitar as políticas monetárias que chegam do resto do Reino Unido, sem ter controlo sobre o dinheiro no país”, salientou Hafeez.