A rainha de Inglaterra, Isabel II, preferiu não escolher um lado nos dias que antecederam o referendo sobre a independência da Escócia, chamando apenas a atenção para que os votantes “pensassem cuidadosamente sobre o futuro”, referiu o Guardian. A rainha manteve-se atenta às projeções e aos resultados da votação. E depois de conhecido a vitória do “não” à independência apelou à união: “Depois de muitos meses de discussão, debate e cuidadosa reflexão, sabemos agora que o resultado do referendo é um resultado que todos no Reino Unido vamos respeitar”.

Na carta que escreveu para o povo britânico, a partir da residência escocesa de Balmoral, onde agora se encontra, Isabel II reconheceu que existirão “sentimentos fortes e emoções contrastantes entre familiares, amigos e vizinhos”, tanto na Escócia como o resto do Reino Unido. “Essa é, claramente, a natureza de uma tradição democrática que valorizamos neste país. Mas não tenho dúvidas que essas emoções serão temperadas pela compreensão para com os sentimentos dos outros”, acrescenta.

Não desvalorizando a Escócia, os escoceses e a necessidade destes de expressarem a opinião, a rainha de Inglaterra apelou a uma coesão de todo o povo britânico, acrescentando que poderão contar com a ajuda da própria e da respetiva família. “Agora, conforme seguimos em frente, devemos lembrar-nos que apesar das diferenças nos pontos de vista expressos, temos em comum um amor duradouro pela Escócia que nos ajuda a manter-nos unidos. Conhecendo os escoceses como conheço não tenho dúvidas que, tal como outros no Reino Unido, terão capacidade de expressar opiniões com convicção antes de reunirem novamente num espírito de respeito e apoio mútuo para trabalhar de forma construtiva no futuro da Escócia e de todas as partes do país.”

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