O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel considerou esta segunda-feira, em Bruxelas, que as eleições primárias no PS constituíram um “evento inovador” e “um precedente muito relevante que outros partidos vão ter claramente que considerar”, designadamente o PSD.

Um dia depois do fim do processo de escolha do candidato do PS a primeiro-ministro através de eleições primárias, abertas a militantes e simpatizantes, que culminou com a vitória de António Costa (e consequente demissão do secretário-geral António José Seguro), o líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu admitiu que “havia muitas dúvidas e prós e contras” em torno deste modelo, até porque foi organizado muito rapidamente, mas “correu bem”.

“Penso que a ideia da abertura dos partidos à sociedade é uma ideia positiva. Se ela se traduz necessariamente em primárias ou não, podemos ter dúvidas. Mas eu acho que esta experiência do PS constitui um precedente muito relevante, que os outros partidos vão ter claramente que considerar (…) como é o caso do PSD, ou seja, partidos com vocação maioritária. Penso que este é um precedente sobre o qual o PSD não deixará de ter de refletir, disso não tenho dúvidas nenhumas”, afirmou.

Quanto ao desfecho das eleições primárias – um triunfo de Costa com perto de 70 por cento dos votos -, Paulo Rangel deu “os parabéns” ao vencedor, saudou António José Seguro e cumprimentou o PS, mas disse que agora é preciso “esperar para ver”, pois, acrescentou, ainda não conhece as propostas de António Costa para o país.

“Puseram tantas expectativas no dr. António Costa, que agora vamos a ver o que é que ele nos diz. Ontem [domingo] não disse nada. Cumprimentou e agradeceu. É normal, é a primeira noite. Mas agora estamos com grandes expetativas para ver que propostas concretas ele tem para fazer ao país”, finalizou.

 

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