Foi uma reunião complicada, a de sábado do Conselho de Ministros, com a tarefa do Governo dificultada pela exigência de novos cortes. Para além da redução do défice dos 4% (4,8% nas novas contas, mas num desvio provocado por operações extraordinárias) para 2,5%, o Governo tinha que encontrar compensações para outros 1.400 milhões de euros que vai perder, em larga medida devido à inconstitucionalidade de algumas medidas anteriores.

Os números do Governo dizem respeito à reposição da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (excetuando as pensões mais altas, acima dos 19 IAS) e dos salários do Estado – uma parte imposta pelo TC a meio do ano, mas que ainda terá de ter paralelo nos primeiros meses de 2015, outra decidida pelo Governo, devolvendo 20% dos cortes impostos por Sócrates em 2011.

As medidas concretas a que chegou o Governo não são ainda conhecidas.

Outra matéria que dificultou as contas, em Lisboa mas seguramente também noutros governos pela Europa, são as novas regras europeias de contabilização de despesas. “A nova metodologia tornou tudo mais complexo”, diz uma fonte ouvida pelo Observador.

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