O presidente da ANA, Jorge Ponce de Leão, afirmou esta quarta-feira que os serviços de prestação de socorro e emergência no aeroporto de Lisboa vão ser entregues a um consórcio privado por falta de propostas da câmara municipal.

A ANA vai entregar este serviço a um consórcio privado que vai substituir o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, a partir de janeiro de 2015, durante oito anos.

O presidente da ANA, entidade que gere os aeroportos portugueses e que foi comprada pelo grupo francês Vinci, afirmou hoje no parlamento que a prestação deste serviço foi submetida a um concurso público e que o processo chegou a estar suspenso à espera de respostas da Câmara Municipal de Lisboa.

“Quando constatámos que a Câmara de Lisboa não tinha apresentado proposta, contactámos a câmara para saber se havia desinteresse em manter o contrato. Até estendemos o processo, pensamos que [a falta de apresentação de uma proposta] fosse devido a menos atenção, mas depois de um contacto direto não foi apresentada nenhuma proposta”, afirmou, em resposta aos deputados Bruno Dias, do PCP, e Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

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Ponce de Leão sublinhou ainda que a ANA estava “contente com o serviço” prestado pelo RSB de Lisboa e que foi a câmara que entendeu que não devia apresentar nenhuma proposta.

” O processo esteve suspenso à espera disso e criou-nos dificuldades”, acrescentou.

O responsável da ANA negou, por outro lado, que o novo contrato tenha um valor superior ao que estava a ser pago aos Sapadores de Lisboa.

Em declarações anteriores à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais/Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP), Fernando Curto, tinha dito que a ANA pagou à câmara 16 milhões de euros pelo contrato e iria pagar à empresa privada 23 milhões de euros.