O PIB de Portugal de 2010 foi revisto em mais 2,1% pelo Eurostat devido às mudanças trazidas pelo novo sistema europeu de contas, enquanto o impacto no PIB da zona euro foi estimado em mais 2,2%.

O Eurostat apresentou esta sexta-feira os dados sobre PIB dos 28 Estados-membros à luz das novas regras do sistema europeu de contas (SEC2010), dando conta das alterações para o ano base de 2010.

O gabinete oficial de estatísticas referiu ainda o impacto no PIB dos melhoramentos estatísticos introduzidos.

No caso de Portugal, há uma revisão de 4,1% no nível do PIB em 2010. Desse valor, 2,1% refere-se ao aumento do nível do PIB provocado pelas alterações metodológicas trazidas pelo SEC2010, em que se inclui 1,3% de despesas de investigação e desenvolvimento que passam a ser contabilizadas. Já os restantes 2% de aumento são atribuídos pelo Eurostat aos efeitos de melhoramentos estatísticos.

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Já na zona euro, o impacto das mesmas alterações leva a que o PIB dos 18 países que partilham o euro em 2010 tenha sido de mais 3,5%, sendo que esse valor resulta do impacto do novo sistema de contas (2,2%, dos quais 1,9% de investigação e desenvolvimento) e 1,3% de melhoramentos estatísticos.

No total da União Europeia o aumento foi de 3,7%, o resultado da soma de 2,3% para alterações metodológicas (dos quais 1,9% com investigação e desenvolvimento) e 1,4% para os efeitos de melhorias estatísticas.

Em 2010, os impactos totais mais importantes sobre o nível do PIB aconteceram no Chipre (+9,5%), Holanda (+7,6%), enquanto o Luxemburgo teve uma variação mínima (+0,2%) e na Letónia houve mesmo uma ligeira queda (-0,1%).

Desagregando os diferentes impactos, os maiores impactos metodológicos foram registados em 2010 na Suécia (+4,4%) e Finlândia (4,2%), vindo a maioria da contabilização das despesas com investigação e desenvolvimento (4% para ambos).

Já os maiores impactos de melhorias estatísticas foram no Chipre (+ 8,4%) e Holanda (5,9%).

A melhoria estatística teve também impacto negativo nalguns países como Luxemburgo (-1,4%), Letónia (-1,2%), Áustria (-0,6%), Dinamarca e Estónia (-0,2%).

Até agora, as contas nacionais seguiam as regras definidas no Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais 1995 (SEC 1995), revisto então para SEC 2010.