O número de ataques dos Estados Unidos a alvos do Estado Islâmico perto da cidade síria de Kobane, na fronteira com a Turquia, tem-se intensificado nos últimos dias e o exército norte-americano acredita ter conseguido afastar muitos rebeldes da cidade cercada pelos jihadistas.

Ainda assim, é possível que Kobane caia nas mãos do EI, que têm vindo a reforçar posições no terreno. A queda de Kobanei pode, no entanto, ajudar os EUA noutros pontos da Síria e do Iraque, como explicou o general Lloyd J. Austin, chefe do Comando Central do exército norte-americano, na sexta-feira, escreve o New York Times.

Entre quarta e quinta-feira, os Estados Unidos fizeram 14 ataques perto de Kobane, atingindo várias posições do Estado Islâmico e destruindo 19 edifícios tomados pelos rebeldes, segundo a CNN. Na sexta-feira houve mais seis ataques. Este sábado, os EUA e a coligação já dirigiram dois ataques à cidade de Kobane, segundo o Guardian.

A intensificação destes ataques junto à fronteira da Síria com a Turquia deve-se, nas palavras do general Austin, ao aumento da presença do Estado Islâmico em Kobane. A CNN sabe que pela primeira vez os EUA tiveram acesso a informações privilegiadas dos curdos sírios sobre as posições do Estado Islâmico perto de Kobane.

Apesar disso, a situação continua muito tensa na cidade. Na sexta-feira, o general Austin admitiu que a cidade pode estar prestes a ser tomada. “É altamente provável que Kobane caia”, disse. Para o exército norte-americano, lutar contra os jihadistas na cidade curda pode contribuir para enfraquecer os rebeldes. “Quanto mais eu conseguir desgastá-los ali, menos terei de lutar contra eles noutro ponto do campo de batalha”, disse Austin, citado pela CNN.

Apesar de os esforços dos norte-americanos em Kobane, o Iraque continua a ser o principal foco dos EUA. “Aquilo que estamos a fazer na Síria servem principalmente para podermos moldar as condições no Iraque”, admitiu Austin.

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