A Rússia e a Ucrânia não chegaram nesta terça-feira a acordo para solucionar a crise do gás que mantêm há meses, mas acordaram voltar a reunir-se no dia 29 de outubro em Bruxelas, informou a Comissão Europeia. “Hoje alcançámos uma posição que agora será discutida por todas as partes”, disse, em conferência de imprensa, o comissário Europeu da Energia, Guntther Oettinger, que está confiante de que na próxima semana a Rússia e a Ucrânia possam selar o acordo alcançado a 26 de setembro passado.

O comissário europeu explicou que a Rússia aceitou baixar o preço até aos 385 dólares por cada mil metros cúbicos de gás que entregue à Ucrânia até marco de 2015, face aos 485 dólares atuais, mas insiste que qualquer nova entrega de combustível só é feita mediante o pagamento antecipado por parte da Ucrânia. Por acordar está ainda o volume de gás de que a Ucrânia necessita nos próximos meses. Oettinger explicou que, depois de analisar a situação, acredita que a Ucrânia necessite de 4.000 milhões de metros cúbicos de gás, embora tenha referido que devem ser as autoridades ucranianas a definirem a quantidade de gás de que necessitam.

O ministro da Energia russo, Aleksandr Novak, que também se dirigiu à imprensa depois do encontro trilateral, concordou que a Ucrânia ainda não especificou as suas necessidades e ressalvou que, em qualquer caso, depende de Kiev ter recursos financieros para o pagar. “A Ucrânia ainda não confirmou as suas necessidades, só sabemos que a Comissão Europeia também não confirmou as fontes de financiamento”, disse,

Na próxima semana, Oettinger será, novamente, o anfitrião do encontro tripartidário nas negociações que duram há meses. A 26 de setembro passado, Moscovo e Kiev selaram um pacto, em Bruxelas, que obriga a Ucrânia a pagar, antes do fim do ano, 3.100 milhões de gás por consumos prévios, na sequência da sentença do Tribunal Arbitral de Estocolmno para resolver o contencioso do preço do gás.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR