A UEFA já conhece as intenções do Sporting: que a partida frente ao Schalke 04, a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, se repita, ou que os leões recebam os 500 mil euros que a entidade paga no caso de um empate. O Observador sabe que foram estas as condições apresentadas pelo clube de Alvalade à UEFA, que confirmou já ter recebido “um protesto” do Sporting — ao qual o Comité de Controlo, Ética e Disciplina dará resposta a 28 de outubro.

Na terça-feira, recorde-se, os leões foram até Gelsenkirchen, na Alemanha, perder por 4-3 contra o Schalke 04. A vitória sorriu aos germânicos aos 93 minutos, quando o árbitro de baliza assinalou um penálti contra o Sporting, numa jogada em que a bola bateu na cara de Jonathan Silva, lateral esquerdo argentino.

Face a esta decisão, o clube presidido por Bruno de Carvalho enviou um protesto à entidade que gere o futebol europeu. A informação, aliás, até foi confirmada pelo Schalke 04 no seu site oficial, ao também revelar que a UEFA pediu ao clube que “prestasse um depoimento” sobre o caso.

O Observador questionou o Schalke 04 sobre a posição quanto à decisão do árbitro na partida de terça-feira, a par da eventual repetição do jogo da Champions. Thomas Spiegel, diretor do Gabinete de Comunicação da equipa alemã, porém, sublinhou apenas que o clube “não pode comentar” o caso pois o Sporting “já remeteu um protesto para a UEFA”.

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A entidade, presidida por Michel Platini, referiu que aceitou o protesto do Sporting face ao disposto no artigo 50 do seu regulamento disciplinar, que estipula as condições nas quais um clube pode submeter uma queixa à UEFA. Em caso de “erro óbvio do árbitro”, lê-se na alínea c), o protesto “pode ser dirigido apenas às consequências disciplinares do erro” ou, como dita a alínea d), caso uma “violação óbvia de uma regra por parte do árbitro” tenha “uma influência decisiva no resultado final do jogo”.

Na partida de terça-feira, na Veltins Arena, o oficial, o russo Sergei Karasev, não chegou a sequer mostrar um cartão amarelo a Jonathan Silva — portanto, não houve qualquer repercussão disciplinar da decisão de marcar uma grande penalidade.

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