A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) defendeu esta sexta-feira que os membros das equipas de saúde na primeira linha da luta contra o surto de Ébola na África ocidental devem ter prioridade a receber vacinas experimentais contra o vírus.

“Os trabalhadores que devem receber a vacina experimental com prioridade incluem as equipas médicas, os trabalhadores comunitários e todas pessoas que envolvidas na luta contra o surto de Ébola (…)”, afirmou a MSF num comunicado emitido após uma reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a utilização de vacinas experimentais na luta contra o Ébola.

“Uma campanha de testes sobre o pessoal clínico deve ser seguida por uma campanha de vacinação em massa logo que a sua eficácia (da vacina) seja aprovada”, acrescenta a MSF. Criticando a falta de decisões concretas produzidas pela reunião da OMS, a organização humanitária apelou à industria farmacêutica e ao governos para incentivarem a produção de vacinas e tratamentos essenciais na luta contra o Ébola.

A OMS anunciou esta sexta-feira que os primeiros testes de vacinas contra o vírus Ébola deverão começar em dezembro na África ocidental e que centenas de milhares de doses poderão estar disponíveis em meados de 2015.

Neste momento, há duas vacinas experimentais que são as principais candidatas aos testes, uma oriunda do Canadá, outra de uma empresa farmacêutica britânica, mas existem outras cinco de recurso. Os testes estão dependentes da primeira fase de ensaios clínicos em vários países europeus e africanos, em que se tentará garantir que os produtos são eficazes e seguros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR