Os combustíveis vão aumentar entre cinco e seis cêntimos em 2015 devido a medidas do Governo, segundo a Apetro, garantindo que as contas do presidente da Galp estão corretas e que o ministro Moreira da Silva “não tem razão”.

“Os combustíveis sofrerão um incremento entre os cinco e os seis cêntimos no próximo ano devido a este efeito em cascata de três medidas diferentes. O engenheiro [Ferreira de Oliveira, presidente da Galp] não atirou os números para o ar. Pôs os números detalhados em cima da mesa”, disse o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), António Comprido, à Lusa.

O porta-voz da associação que reúne as principais petrolíferas explicou que os números em relação ao agravamento da contribuição de serviço rodoviário (CSR), previsto na proposta do Orçamento do Estado para 2015, e à taxa de carbono, contemplada na reforma da fiscalidade verde, são “indesmentíveis”, enquanto os relativos à incorporação de biocombustíveis são “uma estimativa face aos atuais valores”.

“Se o senhor ministro ignora isto e apenas se agarra à componente da fiscalidade quando diz que estes números não têm adesão à realidade, peço desculpa, mas ele não tem razão absolutamente nenhuma. Têm perfeita adesão à realidade”, declarou.

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou na segunda-feira que o aumento dos preços dos combustíveis previsto pela Galp para 2015, devido à fiscalidade verde e a outras medidas do Governo, não tem adesão à realidade, considerando que “alguém anda a utilizar a fiscalidade verde como um pretexto para antecipar eventuais aumentos que não têm adesão à realidade”.

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