A representante do Banco Espírito Santo (BES) enviada à assembleia geral do BESA (Banco Espírito Santo Angola) foi impedida de participar na reunião de acionistas do banco angolano que se realizou em Luanda. Como tal, a entidade portuguesa considera que todas as decisões adotadas nesta reunião “são inválidas e ineficazes, pelo que irá agir em conformidade”.

Em comunicado, a entidade portuguesa começa por recordar que é acionista do BESA com 55,71% do capital do banco que foi alvo de uma intervenção por parte do Banco Nacional de Angola (BNA). Nessa qualidade foi convocado para uma assembleia geral no dia 28 de outubro que tinha como ordem de trabalhos a deliberação do BNA no quadro de medidas extraordinárias de saneamento, a determinação da nova estrutura de capital e a eleição dos órgãos sociais.

O BES foi informado de que esta assembleia seria adiada para dia 29, ontem, mas não recebeu qualquer documento ou proposta relativos aos pontos em discussão. Não obstante a “escassa antecedência da convocatória e da preterição de outras formalidades de que dependiam a regularidade da mesma, o BES comunicou que se faria representar na referida assembleia”, tendo indicado uma mandatária para o efeito.

No entanto, esta foi impedida de participar com o pretexto de se ter atrasado. O BES sublinha a “manifesta preterição das formalidades legais” para que a assembleia pudesse reunir e deliberar sobre qualquer assunto, uma vez que para tal seria necessário que todos os acionistas estivessem presentes e aceitassem deliberar sobre os pontos em discussão o que não aconteceu, e promete agir em conformidade.

Na reunião de ontem foram aprovados os termos da recapitalização do BESA, que envolvem a entrada da Sonangol no capital onde estará também representado o Novo Banco. A instituição passa a chamar-se a Banco Económico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR