A França recebeu este sábado à noite um funcionário francês das Nações Unidas que trabalhava na Serra Leoa e que está infetado com o vírus ébola. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde francês que explica que o infetado foi colocado em “isolamento de alta segurança” num hospital militar próximo de Paris.

Nem a nacionalidade do infetado, nem o sexo, foram revelados até agora, mas o Figaro escreve que o doente não é francês. E foi a Organização Mundial de Saúde (OMS) que pediu a França para receber o doente e tratá-lo.

Este é o segundo caso que França acolhe. O primeiro foi uma jovem enfermeira dos Médicos sem Fronteiras que esteve na Libéria e deu entrada no hospital perto de Paris em meados de setembro, tendo saído no início de outubro.

A febre hemorrágica ébola causou desde o início do ano e até 27 de outubro pelo menos 4.922 mortos em 13.703 casos registados, na sua quase totalidade em três países: Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Trata-se de uma doença com uma letalidade entre os 25 e os 90%, para a qual não existe tratamento específico, nem vacinas comercialmente disponíveis.

A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África, tendo sido internada a 6 de outubro e, após vários tratamentos, considerada curada. Saiu ontem do isolamento.

O ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976.