A Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) considerou que o risco de entrada e transmissão do vírus Ébola na Europa através da importação da carne de caça africana é baixo, mas teria “graves consequências” sanitárias. Os especialistas da AESA analisaram a questão a pedido da Comissão Europeia, embora o consumo na Europa de carne de animais selvagens africanos, nomeadamente macacos e antílopes, seja “pouco significativo”.

A importação daquela carne — conhecida por abrigar o vírus Ébola em África — é ilegal na Europa, recordou a AESA. Os peritos concluíram que “o risco de transmissão do vírus Ébola através da carne de caça é baixo” na Europa. Mas “as consequências de uma eventual introdução do vírus seriam graves para a saúde pública dado o nível de mortalidade elevado e a facilidade de transmissão entre humanos”, alertou a agência europeia.

Os especialistas recomendam que se evite qualquer importação daquela carne. “Uma cozedura completa a 100ºC” também permite “eliminar o vírus”, sublinhou a AESA.

O último balanço da Organização Mundial de Saúde, de 31 de outubro, indica que a atual epidemia da febre hemorrágica Ébola afetou 13.567 pessoas e causou 4.951 mortos desde o início do ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR