A China vai enviar 480 médicos para a Libéria para tratar doentes infetados com o vírus ébola num centro sanitário que está a construir naquele país, anunciou esta quinta-feira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

“A China sente o sofrimento das nações africanas e, como irmãos, oferecemos o apoio que podemos dar dentro das nossas capacidades”, disse o porta-voz, Hong Lei.

Os primeiros 160 médicos chegarão à Libéria no próximo domingo e os outros 320 quando o referido centro estiver pronto, indicou o porta-voz.

O centro, uma unidade com cem camas, que deverá começar a funcionar dentro de um mês, está a ser construído por militares chineses.

Desde março passado, a China enviou cinco pacotes de ajuda aos três países mais afetados pela epidemia (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri), no valor total de 82 milhões de dólares (cerca de 62 milhões de euros), salientou o porta-voz.

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A China é o maior parceiro comercial de África, estimando-se que cerca de um milhão de chineses vivam hoje no continente africano.

Na segunda-feira passada, em Pequim, um responsável da Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar disse não ter sido encontrado qualquer caso de contaminação nos cerca de 8.500 chineses residentes na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, países onde o vírus do ébola já matou quase 5.000 pessoas.