O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sublinhou o papel central que o Governo, e em particular o titular da pasta das Finanças, desempenhou na execução de uma solução para o Banco Espírito Santo (BES).

Para o Banco de Portugal aplicar a resolução ao BES, “tiveram de ser aprovados dois decretos de forma urgente e secreta. Os factos são estes”. Teixeira dos Santos reafirmou que o regime geral das instituições de crédito dá plenos poderes ao ministro das Finanças para intervir na banca. E foi abrigo desses poderes, que o Governo agiu no processo que levou à resolução do Banco Espírito Santo, acrescentou ainda.

Teixeira dos Santos foi ainda questionado pelo deputado comunista Miguel Tiago sobre alegadas contradições entre as declarações produzidas pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque no Parlamento, quando assegurou que não estava a ser preparada a recapitalização com fundos públicos, e a resolução anunciada menos de duas semanas depois. “Não acredito que com este nível de responsabilidade e com o que está em causa no BES e na supervisão europeia, as pessoas se possam dar ao luxo de mentir”.

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