A intensidade da erupção do vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo, cujos primeiros sinais foram sentidos às 20:00 de sábado, subiu do nível 1 para 3, numa escala de 5, disse a ministra da Administração Interna.

Marisa Morais, em declarações à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV), confirmou que a evolução da intensidade “tem sido muito rápida”, mas apelou à “calma”, assegurando que já está em curso o plano de emergência com todas as instituições ligadas ao Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC).

A governante cabo-verdiana confirmou também as previsões avançadas à RCV pelo vulcanólogo cabo-verdiano Bruno Faria, admitindo que a erupção é superior à registada pela última vez, em 1995, e aproxima-se da de 1951, uma das maiores registadas na ilha.

Em curso está também o processo de evacuação dos cerca de mil habitantes de Chã das Caldeiras, que se situa no sopé das principais crateras do vulcão, acrescentou Marisa Morais, admitindo que há pessoas daquela localidade que começaram por se recusar a abandonar as suas casas e pertences, mas que, aos poucos, estão a seguir as ordens da polícia para o fazer.

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A governante cabo-verdiana admitiu também a “imprevisibilidade” da força do vulcão, garantindo, porém, que, cerca das 13:00 locais (14:00 em Lisboa), uma equipa de técnicos e especialistas seguirá de avião para o aeroporto de São Filipe, que foi entretanto encerrado e viu cancelado o voo matinal dos TACV.

Uma hora mais tarde, um barco, com mais equipas de reforço, seguirá também para São Filipe, a “capital” do Fogo situada na parte oeste da ilha e que, aparentemente, não está a ser afetada.

A governante disse estar reunida de emergência com a direção do SNPC, encontro que à tarde será alargado a todas as instituições ligadas a calamidades naturais.

Para já, nenhuma das autoridades cabo-verdianas falou de vítimas ou danos materiais e, mesmo no terreno, a RCV, que ativou um conjunto de jornalistas em vários pontos da ilha, também não avançou com qualquer informação a esse respeito.